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Cartolas pressionam Ednaldo em reunião de 4 horas e cobram mudanças na CBF

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF entre 2021 e 2023 Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF
Bruno Braz e Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro e São Paulo

08/01/2024 18h35

Reconduzido ao cargo após decisão do STF, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, convocou os presidentes de todas as federações para tentar apaziguar o ambiente.

O mandatário recebeu seus pares para um almoço e foi muito cobrado por sua forma de administração. Boa parte dos cartolas reclamou da centralização de Ednaldo nas decisões.

O baiano prometeu dar mais ouvidos aos presidentes e afirmou que será mais aberto ao diálogo. Os presentes trataram o encontro como "lavagem de roupa suja". O papo durou cerca de quatro horas.

Com amor se tem amor, com espinho se tem espinho

Gustavo Feijó, Federação Alagoana

Apesar da aparente pacificação, o clima na CBF segue instável. Ainda que Rodrigues tenha voltado ao cargo, a oposição não entregou os pontos.

Há a expectativa de que os opositores, que têm os ex-presidentes Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero como uns de seus líderes, sentem para definir os passos possíveis.

"Não existe mais processo eleitoral, faz parte do passado. Foi uma conversa muito franca e leal, serviu para olharmos para frente. O Ednaldo vai ter um diálogo mais constante, isso foi recebido como um bom sinal", disse Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF.

Amanhã (9), Ednaldo irá sentar com os 40 clubes das Séries A e B, além dos presidentes das federações estaduais. O dirigente tenta esfriar os ânimos e estancar a crise que ronda o futebol brasileiro.

Caos na CBF

Na última quinta, o ministro Gilmar Mendes anulou, após 27 dias, a decisão do TJ-RJ que afastava Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. Com a medida, o ex-mandatário reassumiu o controle da principal entidade de futebol do país.

Em dezembro, a Justiça havia afastado Ednaldo Rodrigues do cargo após o tribunal anular um Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, o que havia aberto caminho para que fosse eleito. Mais tarde, a Justiça julgou que o MPF não tinha legitimidade.

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