Leila promete abrir concorrência por patrocínio ao Palmeiras
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, falou em entrevista coletiva sobre a situação dos contratos de patrocínio do clube.
O que Leila Pereira disse
Clube aberto para ofertas: "Esse ano nós vamos fazer uma concorrência. Quem oferecer o melhor valor, se for uma empresa idônea. Não adianta fechar patrocínio com valores astronômicos, fazer uma coletiva de imprensa com a empresa, ninguém vê o contrato. Sou contra cláusulas de confidencialidade no futebol. Eu acho que o torcedor tem o direito de saber quanto o seu clube está recebendo. É muito fácil sentar e falar que o patrocínio é tanto. Acho que tem que ter muita responsabilidade."
Crefisa vai aumentar proposta para o Palmeiras? "Quem vai decidir não vai ser eu. Vou submeter ao COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) e o que esse conselho decidir vamos atender. De 15 em 15 dias aparece uma empresa querendo patrocinar o Palmeiras. A gente avalia o potencial econômico da empresa, não acredito em milagres. Aparecem empresas recém criadas, com capital social ínfimo. Como pode oferecer um patrocínio milionário? O que nós queremos são empresas com credibilidade que possam honrar seus compromissos com o Palmeiras. Existem muitos aventureiros. O nosso grande sucesso é também porque temos credibilidade. Quero empresas parceiras sérias ao lado do Palmeiras. Lembrando sempre que os contratos têm uma parte fixa e uma variável, e o que importa para o Palmeiras é a parte fixa."
Quanto vale a camisa do Palmeiras atualmente? "Eu não falo em hipótese. Só vou saber durante esse ano, quando fizer a concorrência. Eu só assino contrato com empresas que comprovem a capacidade. Vocês vão saber exatamente quanto, mas depois de feita essa concorrência."
Contrato atual: "Não entendo o porquê de tanta polêmica sobre o patrocínio da Crefisa e da FAM. Viemos por nove anos patrocinando o Palmeiras, e a última renovação foi feita com o presidente Maurício Galiotte. Se ele renovou, é por que o mercado não oferecia um valor superior ao nosso. Esse contrato vai até 31 de dezembro de 2024. (...) Ele vai ser honrado como sempre foi. Nossas empresas nunca atrasaram um dia, inclusive em época de pandemia que ninguém pagava ninguém."
Por que o valor não aumentou enquanto outros clubes recebem propostas maiores: "O que eu não posso, é alguém aparecer aqui falando 'pagam R$ 200 milhões', e como está na imprensa que é isso eu aumentar. Não há conflito de interesse entre patrocinar e ser presidente. A Crefisa e a FAM só põem dinheiro no Palmeiras. Há um contrato, que precisa ser cumprido. Na última vez que o Palmeiras rompeu um contrato unilateralmente, que não foi na minha gestão, hoje tenho um processo de R$ 50 milhões. Precisamos ser responsáveis. Não estou aqui para aparecer com discurso bonito para torcedor e imprensa. Estou aqui para ser competente, administrar o Palmeiras de uma forma responsável. Tenho que cumprir um contrato, não só com a Crefisa e com a FAM, com qualquer patrocinador."
Comparação com valores de patrocínio do Corinthians: "Eu não falei do Corinthians, me perguntaram (em entrevista coletiva em outubro de 2023). Nunca falo de nenhum clube porque tenho profundo respeito pela instituição e pelos torcedores. Às vezes eu sofro mais críticas dos meus torcedores do que dos outros rivais. O que falei antes eu ratifico aqui. Está comprovado esse valor? Depositam os valores na conta? Não vou assinar um contrato para ficar bonito. A nossa rivalidade é em campo. Não vou entrar nessa pilha."
Patrocínio do time feminino: "Nós tínhamos no ano passado, estamos negociando um novo. Não confirmo o valor de R$ 22 milhões, não assinei o contrato ainda. A Crefisa e a FAM tinham as propriedades do futebol feminino. Nós abrimos mão [da exclusividade na] camisa sem diminuir o valor para que o Palmeiras conseguisse novos investimentos. É importante sempre relembrar. Outro patrocinador não faria isso."
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