OPINIÃO
'Gostem ou não, Leila Pereira é uma revolucionária', diz Milly Lacombe
Colaboração para o UOL, em Rio Claro (SP)
17/01/2024 10h33
Milly Lacombe foi uma das jornalistas que participaram da coletiva de Leila Pereira exclusiva para mulheres, realizada ontem na Academia de Futebol. A colunista do UOL falou no UOL News Esporte sobre o encontro e classificou a presidente do Palmeiras como revolucionária.
'Simbolicamente foi muito importante': "Acho que a coletiva de ontem tem que ser analisada em várias camadas. Simbolicamente ela foi muito importante. A sala estava lotada de mulheres, muitas pegavam o microfone e diziam: 'é a primeira vez que estou aqui'. Ela ficou lá por mais de uma hora. Abriu a coletiva de um jeito histórico, pedindo que quem não gostou que se sinta histérico, e ela usou propositalmente uma palavra que é jogada na nossa cara sempre que a gente fica mais apaixonado, ou fala mais alto, ou reclama de alguma coisa. Me parece que a Leira está entendendo o que é esse mundo misógino, machista".
'Revolucionária': "Gostem ou não, ela é revolucionária. Não sei nem se ela gosta disso, talvez ela nem goste disso. Acho que ela e o Vini Jr. foram arrastados para uma luta que talvez eles nem quisessem a priori a lutar. Quando eles foram arrastados, eles não se negaram a lutar. Ela não vai resolver todos os problemas do mundo, nem do Palmeiras, nem do esporte, mas ela vai fazer o que está ao alcance dela fazer. Como ela, eu acho, começou a se letrar no feminismo acho vamos ver a partir de agora uma Leila ainda mais disposta a quebrar muros. Eu diria para ela: 'Bem-vinda à luta Leila!'. Acho que ela pode ser ainda mais revolucionária do que ela seria sendo a única mulher presidente sem ter esse conhecimento, essa consciência de que esse cenário realmente precisa mudar".
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