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Por que Tite dá novo peso ao Carioca e taça ganha importância no Flamengo

Tite, técnico do Flamengo, durante jogo da equipe Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/01/2024 00h23

Classificação e Jogos

Tite ressaltou o peso que o Campeonato Carioca tem para o Flamengo nesta temporada. O treinador falou em entrevista coletiva após a vitória por 4 a 0 sobre o Audax Rio em Manaus. Depois de ser colocado em segundo plano por alguns anos, o Estadual deste ano ganhou em importância na Gávea.

O Campeonato Carioca atual é o mais forte do Brasil hoje. Antes era São Paulo. É muito difícil. A nossa busca é pelo título. Então esse processo visa esse objetivo. Talvez seja pouco para a história do Flamengo, mas é forte para uma comissão que está chegando e é gerador de confiança para uma sequência de trabalho. Tite

O que mais ele disse?

Jogo: "Mais do que a vitória, a forma como foi construída foi consistente. Uma equipe que teve a competitividade associada à qualidade técnica. As suas construções, a troca de passes por vezes sem acelerar com velocidade e qualidade para chegar no terço próximo ao gol do adversário, a bola entrelinhas para ter a conclusão. O número de situações criativas que a equipe teve se mantendo consistente foi significativo. É uma construção com alguns itens do ano passado."

Cebolinha: "Não vou falar só dele, vou falar de forma genérica. Existe uma palavra mágica na nossa vida que é confiança. Quando temos isso, todo repertório que temos, usamos no momento exato. Quando a comissão trabalha é para proporcionar ao atleta essa condição. Quando a engrenagem funciona, as vezes você erra e ela te sustenta, tu é fonte geradora de confiança. É dele e da equipe. O adversário surpreendeu porque veio marcando alto, trocou alguns atletas para serem mais móveis, retirar a vantagem física. A imposição do modelo para ficar com a bola deu a superioridade técnica ao Flamengo e a condição de vencer o jogo."

De La Cruz: "Todos os atletas são de nível e procuramos botar desta forma: dois em cada posição e buscando competir. A equipe evolui com isso. Cooperam entre eles, mas competem para elevar o nível técnico. O De La Cruz tem essa característica, é versátil, joga em duas ou três posições, é de muita qualidade técnica, já tem uma sintonia com o Arrascaeta. Tem muitas possibilidades, a equipe ganha."

Onde ele vai jogar: "Eu tinha um diretor que colocava para mim assim: se eu contratar não vai atrapalhar? Em um momento de inspiração eu disse que se me atrapalhasse eu acertaria. Por que se os dois são bons, você vai encontrar um. A outra é o espaço para a base. Se pegar um jogador que não desempenha, ele tranca o da base na evolução. Encontrar esse equilíbrio é encontrar jogadores que deem essa qualidade. Se me atrapalhar vou acertar."

Parte física: "Não dá para desacelerar uma equipe que vem buscando isso. A nossa metodologia é de perder a bola e logo em seguida recuperar e ditar o ritmo. Sabíamos que o adversário tinha uma melhor condição e me surpreendeu a resposta. Não imaginava que tivesse uma resposta física com tamanho padrão e coordenação técnica."

Varela: "No ano passado a gente estava com um problema bom. Matheuzinho, Varela e Wesley tem características diferentes, mas são três grandes jogadores. Falo isso com tranquilidade. Talvez o Matheuzinho seja o médio em termos de marcação e construção. O Wesley mais agressivo, mas está evoluindo no processo defensivo. E o Varela é mais consistente de marcação chegando por trás no nosso modelo. É um atleta importante. Eles concorreram e até falei que um deles teria que sair. Não dá para ter três atletas de nível e achar que todo dia vai estar feliz e indo trabalhar treinando do lado esquerdo, não dá. A composição de grupo não possibilidade. Antes era o Varela que estava lá, olha como 12 jogos mudam. Depois saiu o Wesley, depois o Matheus. Eu falei para a direção: "não se desfaça do Matheus". É um jogador que vai crescer bastante porque tem todas as ferramentas assim como o Varela com continuidade está produzindo bem."

Disputa no ataque: "Como fizemos hoje, o Gabi atrás do Pedro e fazendo uma pressão lado a lado para que corte a linha de passe do adversário. Não dá para usar Gabriel do lado ou Pedro, fica inviável. E o modelo de tripé no meio-campo para ter Arrascaeta com dois na frente nós não temos jogadores com essas características. A equipe se mudou com dois externos ou mais um meio campista jogando pelo lado. Antes era Gerson ou Everton Ribeiro, agora o De La Cruz, pode ser Victor Hugo."

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