Filho de Zagallo diz que irmãos querem 'aparecer' em briga por herança

Filho caçula de Mário Jorge Lobo Zagallo, Mário César Zagallo falou sobre o desentendimento com os irmãos Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina por causa da herança do tetracampeão mundial, que morreu em janeiro deste ano. As declarações foram em entrevista ao Estadão.

Eles [irmãos] estão querendo aparecer após sete anos. Fui eu quem cuidou do meu pai esse tempo todo. Tem um documento assinado pelo meu pai dizendo que não queria a visita deles nas internações.

Zagallo apontou o caçula como inventariante dos bens e estava "profundamente triste e magoado" com os outros três filhos. A informação é do portal Notícias da TV, que teve acesso à escritura do testamento do ex-jogador e técnico.

O ex-jogador dividiu igualmente metade da herança entre os quatro filhos, e deixou os outros 50% com Mário. Segundo o caçula, o pai preferia "não deixar a herança para outros filhos, mas é a lei".

Zagallo quis cortar relações com Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina após processo movido pelo trio em 2016. Eles queriam anular o inventário de Alcina de Castro Zagallo, mulher do Velho Lobo morta em 2012.

Eles acusaram Zagallo de omitir a existência do testamento, lavrado em 1984, mas não conseguiram a anulação.

Posicionamento dos irmãos

Os advogados Anelisa Teixeira e Daniel Blanck, representantes dos irmãos, acusaram Mário César de restringir o acesso ao pai. Eles apontaram ainda movimentações bancárias que teriam sido feitas pelo caçula.

Mário César, filho mais novo, restringiu o acesso ao pai, induzindo Zagallo a acreditar que teria sido abandonado.

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Os advogados também relatam que os herdeiros observaram movimentação patrimonial milionária, incluindo expressivas doações destinadas a Mário César. Adicionalmente, foram identificados saques recorrentes em contas bancárias de Zagallo, envolvendo quantias incompatíveis com seu padrão de vida enquanto idoso. Diante dessas circunstâncias, os herdeiros estão atualmente buscando a tutela do judiciário para resguardar e assegurar seus legítimos direitos perante essa situação delicada.

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