Leila diz ser contra torcida única em clássicos e cobra punição por brigas
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou que é "totalmente contra" a torcida única nos clássicos paulistas. Ela também cobrou punição àqueles que se envolverem em brigas tanto dentro como fora dos estádios (assista acima).
Eu sou totalmente contra a torcida única, e agora com esse reconhecimento facial que implementamos no Allianz Parque, todas as pessoas são identificadas. Se algum brigão cometer alguma violência, ou dentro ou fora, é só a polícia dizer quem é que não entra mais. Tem que ter punição. Aliás, a falta de punição é a semente do próximo crime. Leila Pereira, ao Casão Pod Tudo
Torcida única em SP
A medida da torcida única está vigente em São Paulo desde 2016. Uma briga entre corintianos e palmeirenses que resultou à morte de uma pessoa naquele ano fez o Ministério Público solicitar que os clássicos envolvendo os quatro grandes paulistas tivessem torcedores apenas do time mandante. Depois, também se estendeu para Guarani x Ponte Preta.
Leila voltou a se posicionar contra a medida. Ela já havia afirmado que é contrária à torcida única na entrevista coletiva que concedeu só para jornalistas mulheres, na semana passada.
Casão também se mostrou contrário à torcida única e pediu que as autoridades não se acomodem. Ele fez um relato da infância e de quando jogava para destacar que o "espetáculo" do futebol só fica completo com a presença das torcidas dos dois times.
O que Casão disse
"Sou paulistano e comecei no estádio logo cedo, com sete anos. Venho de família corintiana, então meu pai me levou no Parque São Jorge. Mas ele quis me mostrar os grandes jogadores do tricampeonato mundial e de outros clubes. Ia ver o Palmeiras jogar por causa da Academia, o Santos do Pelé, o São Paulo de Gerson e Pedro Rocha. E eram sempre duas torcidas. Quando virei jogador, era a mesma coisa. Era muito gostoso entrar no estádio e ver o estádio lotado. É maravilhoso, faz parte do espetáculo, acho que tem que ter uma tentativa para que isso retorne. Tem violência exagerada na sociedade? Tem. Muita arma na rua? Tem, mas alguma coisa tem que se movimentar para ter a possibilidade de mostrar o espetáculo completo. Um clássico em São Paul só com uma torcida é um espetáculo pela metade. Não pode ficar tentado, acomodado, tem que se movimentar para ter a possibilidade de trazer as torcidas para o estádio."
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