Presidente do Bahia detalha relação com City e plano de brigar por títulos

O presidente do Esporte Clube Bahia, Emerson Ferretti, foi convidado do De Primeira e explicou a relação do clube associativo com o Grupo City, responsável pelo futebol através do Bahia SAF.

Todos os ativos do futebol foram passados ao Bahia SAF, onde o Grupo City é acionário de 90% das ações e nós, do clube, 10%. Nesse momento, de 40 dias de gestão, entendendo o tamanho que o Esporte Clube Bahia ficou e a relação com o Grupo City. Por enquanto uma relação amistosa, muito tranquila, de aproximação aos poucos, entendimento além do que está no contrato formalizado entre as partes de funções dos dois parceiros, mas a relação dia a dia estamos estreitando aos poucos e entendendo que quem comando o futebol é o Grupo City. A gente acompanha, tem por obrigação fiscalizar as cláusula dos contrato, mas as decisões do futebol sempre serão do Grupo City, pois eles são majoritários Emerson Ferretti

Bahia ganhará títulos relevantes?

"Acredito muito no trabalho do Grupo City, a capacidade deles transformarem a realidade dos clubes em que eles fazem a gestão, notadamente o Manchester City. Nos últimos 15 anos, que é o período que o Grupo City comprou o time, se tornou o maior campeão inglês, são 22 títulos em 15 anos, sendo sete da Premier League, campeão europeu, mundial. Toda essa expertise que já deu certo lá na Inglaterra, em outros clubes do grupo, está sendo trazida para o Bahia. Intenção é sempre qualificar o grupo para que em pouco tempo o Bahia seja protagonista do futebol brasileiro e possa estar disputando títulos relevantes. A gente não pode precisar prazos, porque futebol nunca pode afirmar com certeza, mas a intenção é que no menor espaço de tempo possível, o Bahia esteja brigando por títulos nacionais".

O que mais Ferretti falou:

2ª força do Grupo City?

"Eles pensam no Bahia como uma das forças do grupo. Há investimento, eles têm acompanhado os jogos, inclusive o Ferran colocou na pré-temporada em Manchester que no jogo contra o Atlético-MG, que escapamos, ele acordou 3h da manhã para assistir ao jogo. É um acompanhamento de perto, o pessoal do City sempre vem a Bahia, tanto que o encontro anual do grupo ano passado ocorreu aqui na Bahia. Eles veem o mercado brasileiro como muito estratégico, não só pelo potencial de formar jogadores, mas pelo potencial de crescimento do mercado brasileiro. E o Bahia foi escolhido por ser um clube transparente, democrático, por ter as finanças organizadas e, principalmente, pelo engajamento do torcedor, que desde o anúncio anda muito motivado. No último Campeonato Brasileiro, o Bahia brigou para não entrar na zona de rebaixamento e mesmo assim ficou com a quarta maior média de presença de público nos jogos da Fonte Nova".

Desafios no clube associativo

"O nosso grande desafio é justamente fazer com que os nossos torcedores não se reportem só ao futebol, que é o coração do clube e alvo de interesse. Querem saber de futebol, querem saber do Bahia campeão. A associação precisa criar novas modalidades, novas ações, para atrair parcelas de torcedores que se interessem no basquete, no vôlei, em outras modalidades. E também criar eventos, culturais, sociais, que mostrem a relevância do clube para além das quatro linhas. Projetos que sejam perpetuados na vida do clube. Fazer com que o Bahia apareça de outras formas. Cabe a nós criar projetos qualificados e principalmente fazer com que esses projetos encham de orgulho o torcedor tricolor".

Ex-atletas em cargos diretivos

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"Sou o primeiro ex-atleta do Bahia a se tornar presidente. O Bahia, juntamente ao Vasco, tem o Riquelme no Boca Juniors. A gente inicia um movimento de ex-atletas ocupando espaços de decisão no futebol brasileiro, que acho muito interessante. Logicamente os ex-atletas precisam se qualificar para ocupar essas posições, mas é importante os que já foram os artistas dentro de campo, estarem presentes também nas decisões do futuro do nosso futebol".

Ações sociais

"O Bahia posso considerar um clube pioneiro. Desde 2019 criou o Núcleo de Ações Afirmativas, para potencializar a ação junto à sociedade, tomar posse da função social que os clubes de futebol têm. Clubes de futebol são 'canhões de luz'. Tudo que fazem e que falam, reverberam muito na sociedade. O Bahia entendeu isso e fez algumas campanhas que trouxeram resultados bastante relevantes para a sociedade. O Grupo City chegou com esse mesmo discurso, tanto é que essa semana foram entregues dois campos de futebol em uma parceria com a Prefeitura de Salvador, onde foram reformulados onze campos em várias comunidades de Salvador para que o Bahia SAF tome conta, faça um trabalho social nas comunidades com esporte".

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