Segundo ato de Carille no Santos tem técnico com voz ativa e mais poderes
O técnico Fábio Carille vive mais leve sua segunda passagem pelo Santos, com voz ativa e mais poderes nos bastidores do que da primeira vez.
O que aconteceu
Carille tem voz ativa nos bastidores e se mostra à vontade. A diretoria deu liberdade para o treinador e faz questão de consultá-lo em determinadas decisões.
O treinador teve participação nas principais contratações da temporada. Como antecipado pelo UOL, Carille fez um telefonema para Gil, Giuliano e João Schmidt para convencê-los a fechar com o Peixe. A direção acatou.
Carille pode pedir novas chegadas ao Santos. O treinador tem se reunido com a direção para conversar sobre reforços e oportunidades de mercado. O goleiro Gabriel Brazão, por exemplo, foi um pedido de Carille e está com situação encaminhada com o Peixe.
O momento no futebol também é diferente e, sem pressão, Carille pretende implementar um novo DNA. O técnico está animado para dar a sua cara ao time e se inspirou na final do Mundial entre Fluminense e City para aplicar novos métodos no Santos.
É um DNA que estamos criando aqui. Com a bola todos vão jogar, mas sem a bola todos vão marcar. Tivemos agora uma final entre City e Fluminense e a gente viu o quanto os caras voltaram para marcar. Não tem mais espaço para não participar sem a bola, é o que estou desenvolvendo, então estou tentando colocar isso na cabeça deles. Que com a bola todos jogam, sem, todos marcam
Fábio Carille
Carille se vê finalmente respaldado. Após uma pré-temporada com direito a duas semanas de treino e com o elenco praticamente fechado, ele sente que tem tranquilidade para trabalhar.
Mas e em 2021?
Carille chegou ao Santos no final de 2021 com a missão de salvar o Santos do rebaixamento no Brasileiro. Com pouco tempo e pressionado, o treinador não conseguiu desenvolver o time como gostaria.
Mesmo cumprindo sua missão com duas rodadas de antecedência, o treinador não se via respaldado pela direção. O presidente Andres Rueda não passava segurança e permitia que Edu Dracena, executivo da época, tomasse decisões de forma isolada.
Dracena não via com bons olhos manter Carille no Santos para 2022. Mesmo após o treinador ter entregado o prometido, Rueda bancou Carille, mas Dracena insistia em tirá-lo do cargo.
Após engatar uma sequência ruim, o Peixe o demitiu em fevereiro de 2022. O clube alegou falta de evolução na equipe e a perda do DNA ofensivo.
Meu problema aqui dentro foi o Dracena. Ele não me queria. Terminamos o ano bem, houve um apelo para que eu continuasse e ele ainda assim não quis. Foi algo ruim para o Santos, continuei minha vida. Não briguei com ele em nenhum momento, mas ele não me queria. Essa é a verdade
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