Vereadora pede reavaliação do Conselho de Ética após vídeo da briga de Braz
Vice-presidente do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Teresa Bergher (Cidadania) vai pedir que o órgão reveja a avaliação sobre Marcos Braz (PL). A decisão acontece após divulgação das imagens da câmera de segurança do shopping onde aconteceu a briga do dirigente do Flamengo com um torcedor.
O conselho precisa voltar a se reunir para avaliar a conduta de um membro da casa legislativa, que se envolveu em um crime enquanto o painel da casa informava que estava presente a uma sessão legislativa Teresa Bergher
O que aconteceu
De acordo com Bergher, o ofício será enviado à presidência no próximo dia 15, ao fim do recesso na Câmara.
No dia da briga, Braz marcou presença virtual horas antes do início da sessão, mas não compareceu presencialmente.
Marcos Braz chegou a ser convocado para esclarecimentos ao Conselho de Ética da casa. Ele também foi multado pela Câmara dos Vereadores em R$ 573,90, de seu salário mensal, por ter faltado à sessão.
"Surgiram fatos novos que precisam ser avaliados pelo Conselho de ética. Essas imagens levaram o Ministério Público a se manifestar. Então, diante da manifestação do MP, que concluiu que o vereador cometeu um crime, o conselho precisa voltar a se reunir para avaliar a conduta de um membro da casa legislativa, que se envolveu em um crime enquanto o painel da casa informava que estava presente a uma sessão legislativa", disse Teresa.
Alguns dias após a confusão, o Conselho de Ética suspendeu a convocação. Em nota, disse que as declarações dadas pelo dirigente rubro-negro em entrevista coletiva eram "suficientes".
"Em setembro, o Conselho se reuniu e decidiu levar em conta a explicação que o vereador deu durante uma entrevista coletiva. Mas as imagens mostram o oposto do que ele disse na entrevista - o que levou o MP a concluir que ele cometeu lesão corporal. Então, devemos nos reunir novamente, com base nos novos fatos, na decisão do Ministério Publico", completou.
A defesa de Marcos Braz diz que as imagens "apenas demonstram o que já foi mencionado" nos depoimentos prestados e que o dirigente foi perseguido por integrantes de uma torcida organizada.
"As imagens recentemente divulgadas, apenas demonstram o que já foi mencionado nos depoimentos, prestados na delegacia. O senhor Marcos Braz estava no shopping, com sua filha menor de idade, para comprar seu presente de aniversário. Neste momento foi perseguido, por mais de uma vez, por torcedores, pertencente a uma torcida organizada, que o xingavam e ameaçavam! Em reação a esses fatos e em defesa da sua filha e suas amigas se envolveu nesta confusão. Já pedimos que se investiguem o crime de perseguição e aguardamos que os fatos sejam devidamente esclarecidos", disse o advogado Raphael Mattos, ao UOL.