Por que Corinthians sofre para refazer time mesmo com R$ 100 mi em reforços
O Corinthians gastou até o momento R$ 100 milhões em reforços, mas segue com dificuldade para reformular o elenco. Nem mesmo o anunciou do maior patrocínio da história serviu para destravar a questão.
O que aconteceu
O Corinthians vê investimento maior em um futuro próximo, mas não tem muito dinheiro agora. A ideia inicial era liberar jogadores em fim de contrato como Renato Augusto, Giuliano e Gil para trazer outros mais jovens.
Só que o Corinthians encontrou poucos jogadores sem contrato e viu pedidas altas de outros clubes. Os patrocinadores trarão dinheiro ao longo do tempo, mas não reforçam o caixa para já.
O patrocínio máster de R$ 370 milhões da Vai de Bet inclui apenas R$ 10 milhões à vista e outros R$ 10 milhões mensalmente por três anos. Os valores ajudam, mas não resolvem.
O acordo com a Vai de Bet ainda obrigou o Corinthians a fazer acordo de R$ 40 milhões com a Pixbet, antiga patrocinadora. O pagamento será feito em 12 parcelas: a primeira de R$ 6 mi e as outras de R$ 3 mi.
Há outras negociações com parceiros em andamento: as placas publicitárias para a Brax em R$ 240 milhões por cinco anos e a ideia de vender os naming rights do CT por pelo menos R$ 30 milhões anuais.
Se todos esses negócios forem feitos como o Corinthians imagina, o valor mensal seria de cerca de R$ 16 milhões. Um número expressivo no orçamento, mas que não significa necessariamente dinheiro na mão para contratar.
O Corinthians comprometeu mais de R$ 100 milhões em reforços, mas só pagou aproximadamente R$ 30 mi até o momento. Todas as negociações envolvem parcelamento, já contando com o aumento de receita de patrocínios para os próximos meses.
Alguns desses reforços só chegaram quando o Corinthians pagou a entrada. O Timão sente que há incerteza no mercado após histórico recente de calotes em outras gestões. O Talleres, por exemplo, havia aceitado 2 milhões de dólares de "sinal" e depois dobrou a pedida.
Quem já veio?
Gustavo Henrique, Palacios e Hugo vieram apenas sob o custo dos salários. Os demais totalizaram R$ 104 milhões parcelados.
- Rodrigo Garro: R$ 34 milhões
- Félix Torres: R$ 32 milhões
- Pedro Raul: R$ 25 milhões
- Raniele: R$ 13 milhões
Quem ainda pode chegar?
O Corinthians quer zagueiro, lateral-direito, volante, meia e atacante de velocidade. O Timão admite investir mais que os R$ 100 milhões, mas mantém propostas com parcelamento e usa os novos patrocinadores como garantia de que vai pagar.
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Quero receberUma negociação em andamento é a do lateral-direito Matheuzinho, do Flamengo. O Corinthians tem a concorrência do Botafogo e admite pagar 4 milhões de euros (R$ 21 mi).
O clube busca alternativas para a defesa e tem Lyanco, do Al-Gharafa, como alternativa. As opções para meio-campo e ataque não foram reveladas.
Reformulação custa caro
O Corinthians esperava ter um novo elenco já no início do Campeonato Paulista, mas a realidade é bem diferente. O Timão teve só Félix Torres, Hugo e Raniele à disposição e tem três derrotas em quatro jogos.
O presidente Augusto Melo e Mano Menezes já começaram a divergir. Augusto entende que o Corinthians pode jogar mais com o que tem, já o treinador crê que a equipe está no seu limite técnico com atletas titulares que eram reservas em 2023, casos de Caetano, Fausto Vera e Rojas.
A expectativa é que os reforços cheguem em breve para a situação mudar. A esperança é que o novo executivo de futebol Fabinho Soldado destrave o mercado.
Várias negociações não deram certo, pelos mais diferentes motivos. Gabigol, Rafael Borré, Luiz Henrique, Erick, Caio Alexandre, Thiago Maia e Pablo foram alguns dos alvos.
Nos casos de Gabigol, Borré, Luiz Henrique e Caio Alexandre, o problema foi financeiro. Flamengo, Eintracht Frankfurt, Betis e Fortaleza exigiram valores altos e à vista pela liberação.
Erick não foi liberado por causa do projeto do Athletico. O Furacão evita negociar jogadores com clubes do futebol brasileiro pois quer se posicionar como um dos gigantes do país.
As conversas por Pablo e Thiago Maia esbarraram em um ruído na comunicação entre Corinthians e Flamengo. O Rubro-Negro se irritou com o posicionamento do Timão no caso de Matheuzinho e não facilitou mais as tratativas. Pablo foi para o Botafogo, enquanto Thiago Maia quase esteve no Inter.
O Corinthians emitiu nota oficial para contestar os pedidos do Flamengo para liberar Matheuzinho por empréstimo. O lateral-direito chegou a treinar no Parque São Jorge, mas voltou. O Corinthians insiste na contratação enquanto o Botafogo, que tem melhor relação com o Rubro-Negro, é o concorrente. Foi assim que Pablo parou na Estrela Solitária.
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