A Supercopa do Brasil será disputada neste domingo (4), às 16h, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte. A decisão só foi oficializada menos de um mês atrás após tentativas de outros palcos por parte de clubes e federações. Por que isso ocorre? O UOL explica.
O que aconteceu
A CBF tem a preocupação de que o estádio seja neutro. Para isso, a entidade precisa sempre esperar ser definido o campeão brasileiro, o que só ocorre em dezembro.
A distância da sede dos clubes classificados para o estádio da final não é decisiva, mas a entidade procura evitar favorecer um dos lados. Um Flamengo x Palmeiras, por exemplo, nunca aconteceria no MorumBis.
A decisão é política, mas sofre pressão dos clubes. Nesta temporada, houve a proposta de jogar no interior de Minas Gerais, mas São Paulo e Palmeiras rejeitaram; ao mesmo tempo, os clubes pediram o jogo no Maracanã, mas não houve acordo. O Mané Garrincha também foi consultado, mas já tinha agenda ocupada.
Classificação e jogos
Para as federações, receber a Supercopa é interessante porque é um jogo com potencial de renda alta. E as entidades que são sede têm direito a um percentual da receita bruta (geralmente, 5%). Em 2023, por exemplo, a Federação do Distrito Federal embolsou R$ 582 mil dos R$ 11,6 milhões de renda bruta do confronto entre Flamengo e Palmeiras.
A CBF já recebeu propostas para realizar a Supercopa no exterior — Estados Unidos e Arábia Saudita —, mas nunca aceitou. Os clubes envolvidos também não curtiram a ideia.
Bagunça deste ano não foi bem vista
São Paulo e Palmeiras ficaram sabendo da sede somente no dia do anúncio oficial, em 12 de janeiro. Os clubes tiveram apenas cerca de 20 dias para definirem a logística da viagem.
Os rivais paulistas não tiveram problemas por causa do atraso, mas a bagunça não foi bem vista. Já 'veterano' na competição, o Palmeiras teve ainda menos dias para organizar a viagem no ano passado.
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