Mulher estava nervosa e foi medicada para dar depoimento, dizem policiais

Uma sequência de breves depoimentos de policiais aconteceu na tarde desta terça-feira (6) no Tribunal da Catalunha. Todos estão de alguma forma envolvidos na acusação de agressão sexual contra Daniel Alves.

O que dizem os policiais

Ela estava tentando se tranquilizar. Tinha ido ao médico e estava angustiada. Quando explicamos como seria a denúncia, a tranquilizamos. Mas quando começou a contar como foi a agressão, foi ficando mais nervosa. Ela disse que não queria denunciar, mas decidiu fazer isso. Seu medo era que publicassem sua identidade, pelo fato de o agressor ser uma pessoa conhecida. - policial mulher da UCAS (Atenção à Denunciante) que anotou o depoimento da denunciante.

Demorou muito para que ela conseguisse contar o que havia acontecido. Ela era incapaz de falar. As amigas falavam por ela. Disseram que ele não a havia deixado sair, que tinha tocado suas genitais por dentro. Ela não conseguia falar. As amigas também estavam muito nervosas. A única coisa que ela dizia era que não queria dinheiro, mas justiça, e que havia sido estuprada por Daniel Alves. - policial à paisana presente na boate.

A equipe de plantão recolheu o material, me passou informações no fim de semana. Passamos o caso a um grupo concreto, que falou com a advogada Miraida Puente para saber quando ele estaria na Catalunha para se defender. A advogada disse que ele poderia depor em 20 de janeiro, mas que tínhamos que preservar a identidade dele para evitar a imprensa ou fotos - chefe da UCAS (Unidade de Agressão Sexual)

A decisão de prender o Daniel Alves quando estava no escritório da advogada, Miraida Puente, foi dos meus chefes. Entrei no plantão na segunda-feira seguinte ao caso. A mulher recolheu amostra de saliva. - Secretário do Oficio Inicial da denúncia

Ela chegou à delegacia vindo diretamente do Pronto Socorro. Havia sido medicada com um remédio para ansiedade, mas ainda estava nervosa e afetada. - policial mulher da UCAS (Atenção à Denunciante)

Ela se apresentou à polícia no mesmo dia - agente da Unidade de Agressões Sexuais

Chegamos à boate Sutton e nos informaram estado da vítima; falaram que haviam nos chamado como ativação do protocolo - policial que atendeu a denunciante na boate.

A área VIP estava isolada. Recolhi os resíduos biológicos e fiz fotos. Havia fragmentos de impressões digitais na porta, na pia e no vaso sanitário. - policial que fez a inspeção da discoteca.

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Fiz o relatório das impressões digitais. Algumas não têm qualidade suficiente, mas há impressões digitais da denunciante em vários lugares - perito do caso.

Joana Sanz será ouvida hoje

Mulher de Daniel Alves, Joana Sanz prestará depoimento hoje.

Já falaram ao Tribunal três funcionários da boate Sutton e o amigo de Daniel Alves, Bruno Brasil, que estava com ele no dia do caso.

*Os policiais foram identificados por seus números, e não pelos nomes, para terem a identidade preservada.

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