Sócio de boate, em julgamento de Dani Alves: 'Ela queria sair e não podia'
Robert Massanet, um dos sócios da boate Sutton, testemunhou hoje (6) no julgamento de Daniel Alves.
O que aconteceu
Encontro com a suposta vítima: "O Daniel era um cliente habitual. Naquela noite, o vi algumas vezes, até me deparar com uma garota chorando. Foi muito difícil para ela explicar o que havia acontecido. Fomos com ela até uma área mais tranquila, sem música, para que pudesse explicar".
Relato do que aconteceu no banheiro: "Ela disse que ninguém acreditaria nela. Falou que entrou no banheiro de forma voluntária, mas que depois quis sair e não conseguiu. Perguntei se havia acontecido algo mais grave, e ela disse que sim. Perguntei se havia tido penetração, e ela disse que sim. Ela queria ir embora para casa, mas eu insisti que ela precisava ficar para que ativássemos o protocolo. Ela só repetia que ninguém acreditaria nela".
As primeiras testemunhas ouvidas hoje foram os funcionários da discoteca Sutton, onde a mulher, então com 23 anos, afirma ter sido estuprada por Daniel Alves. A previsão é que seja o dia mais intenso, com 21 testemunhas ouvidas. O Tribunal foi fechado durante a tarde (horário espanhol) para o caso.
O UOL teve acesso, em maio de 2023, às imagens de segurança da discoteca, que confirmam o relato da testemunha. A prima e a amiga da denunciante, que prestaram depoimento ontem, relatam a mesma sequência de fatos.
"Não estava como sempre, havia bebido"
O segundo a testemunhar nesta terça-feira foi o gerente da boate. À corte, ele diz que Daniel Alves estava bêbado. "Não estava como sempre: havia bebido ou fumado algo".
A colheita de depoimentos dos funcionários da boate foi rápida. Além do gerente e do sócio, um auxiliar de bar também foi ouvido, e mencionou o estado da denunciante naquela noite.
"Estava muito nervosa, chorando muito", disse.
Está previsto para esta terça-feira o depoimento de Joana Sanz, mulher de Daniel Alves, quatro amigos dele e outros agentes de segurança de Barcelona.