Auxiliar do Corinthians aguarda António Oliveira: 'Peça importante'
Do UOL, em São Paulo
07/02/2024 22h43Atualizada em 08/02/2024 19h13
O auxiliar técnico Thiago Kosloski afirmou após a derrota para o Santos que aguarda a chegada do técnico António Oliveira, do Cuiabá, para assumir o comando do Corinthians.
O que aconteceu
Kosloski afirmou que António será "peça importante" no clube do Parque São Jorge. A diretoria corintiana acertou com o treinador português, que está no Cuiabá, mas a contratação ainda não foi anunciada.
O auxiliar completou que a saída de Mano pegou a comissão de surpresa, mas que a demissão é página virada. Ele destacou que o mais importante é o Corinthians voltar a vencer para superar a crise, após cinco derrotas seguidas nos seis primeiros jogos da temporada.
Convívio [com António] vai ser o melhor possível, conheço ele de ter enfrentado. É um grande profissional, não à toa foi convidado pelo Corinthians pelo grande trabalho feito no Cuiabá. Esperamos que chegue, que nos ajude, vai ser uma peça importante. Nós funcionários vamos fazer o possível para ajudar, para que se adapte e conheça o elenco o mais rápido possível. Thiago Kosloski, em coletiva
Saída de Mano: "Pegou de surpresa, sim, Mano é altamente vencedor, dispensa comentários. Logicamente que quando um companheiro de profissão perde emprego, não gostamos, mas sabemos como é o futebol brasileiro. Já passei por isso, é resultado, principalmente no Corinthians. Pegou a gente de surpresa, mas esperamos que o próximo treinador possa chegar para nos ajudar o mais rápido possível. Colocar o clube de novo no trilho das vitórias é o mais importante no momento".
O que mais Kosloski disse
Preparativos para o clássico: "Preparação foi muito curta, só tive um dia para trabalhar a equipe contra o Santos. Tentamos fazer o melhor de posicionamento, passar confiança para os atletas, principalmente nesse momento difícil".
Análise do jogo: "O Santos esteve melhor do que a gente no 1º tempo, tiveram um pouco mais o controle das ações, gol em falha de posicionamento nosso. No 2º tempo impusemos um ritmo bom, empurramos o Santos. Infelizmente, não tivemos competência necessária para fazer o gol. Tivemos algumas chances, goleiro do Santos defendeu.
Resultado justo? "O resultado mais justo poderia ser o empate, até pelo o que as duas equipes mostraram. Jogo bastante equilibrado, foi um clássico igual, mas infelizmente a gente não conseguiu vencer".
Pedido de pênalti em Maycon: "No momento tinha muita gente na minha minha frente, mas é um lance duvidoso, valeria uma ida ao VAR para tirar duvida. Mas é interpretativo, infelizmente não foi ao nosso favor. Lógico que, se fosse pênalti, nos ajudaria, mas não mexeu com nosso mental para o jogo. Continuamos, principalmente no 2º tempo, empurrando, mas infelizmente nossa bola não entrou".
Buscar reação: "Trabalhei muito o mental, a confiança. É difícil jogar no Corinthians, difícil ter cinco derrotas no Corinthians, nunca vamos nos acostumar. É inadmissível, não aceitamos. Esse é o sentimento do vestiário. Vamos dar a volta por cima e vai ter que ser contra a Portuguesa, no domingo".
Zona do rebaixamento no Paulistão: "Não pode enganar o torcedor, que estamos pensando no titulo. Hoje a realidade é tirar o Corinthians da zona do rebaixamento. Se depois conseguirmos embalar vitórias e vislumbrar classificação, com certeza vai, mas no momento o foco é tirar dessa situação, que é inadmissível".
Pressão no elenco: "Não tem tempo de respirar, de treinar. Psicológico é complicado, o tempo todo com a faca no pescoço. O ano nem começou e já estamos com cinco derrotas, e brigando para não cair no Paulista. Atleta é ser humano, sente a pressão também. Nosso maior desafio é blindar esses atletas. Não esconder o sentimento de indignação, todo do vestiário ficaram indignados com a derrota, não merecíamos, mas tem que transformar em motivação para dar resposta no domingo".
Reformulação do elenco: "Futebol não tem segredo. Tivemos apenas duas semanas de pré-temporada. Diferentemente do nossos rivais, tivemos que desmontar o elenco, saíram 12, chegaram alguns, mas tivemos uma perda maior que o ganho. Formar uma equipe vencedora, elenco competitivo, não vem da noite para o dia. Nosso calendário é cruel. A maioria das equipes manteve a base e teve contratações pontuais. Estamos em uma reformulação".
Contornar a crise: "Momento agora é de união. Tenho certeza que a torcida cobra, e está certa, mas apoia também, entende o momento da equipe. Para ter uma sequência de confiança, enxergar a luz do túnel, só existe um caminho: ganhar o jogo. Hoje, apesar de o resultado não ser o que queríamos, ganhar ou perder um clássico é uma situação normal. Anormal é perder para o Ituano, Novorizontino, com todo respeito".
Resposta em campo: "Temos que ter a reposta de uma vitória para dar tranquilidade para os atletas, ir para o jogo sem tanta pressão. E aí sim, com equipe de trabalho, dar mais tranquilidade para diretoria procurar novos reforços. Corinthians é o único dos grandes que não conseguiu rodar o elenco. Situação complicada, tem desgaste. Acredito que com duas vitorias seguidas, conseguimos dar um pé na crise".
Estreia de Garro: "Jogador que mostrou muita qualidade. Foi o 1º jogo dele, tenho certeza que vai evoluir, como os outros jogadores. Bastante feliz com a estreia dele, com a sequência de jogos e treinos vai ser uma peça importante dentro do contexto".
Responsabilidade no Corinthians: "Jogar no Corinthians não é para qualquer um. Além da responsabilidade de representar mais de 30 milhões de torcedores, o Corinthians tem em seu DNA algo diferente, entrega, luta, garra. Tentamos passar para os atletas diariamente. Quando chega atleta novo, que nunca esteve em uma equipe como o Corinthians, existe um tempo de adaptação. Isso aconteceu com grandes jogadores que vieram para cá, demoraram para embalar e depois fizeram história. Infelizmente não temos tempo, mas algumas peças vão melhorar. Hoje algumas já deram resposta melhor, espero ascendência".