Tite cita pressão no Flamengo e diz: 'Se não ganhar, não estarei técnico'
Tite elogiou o Flamengo após a vitória sobre o Botafogo e falou sobre o time superar a pressão. A torcida protestou em alguns momentos antes do gol de Léo Pereira.
Manteve a consistência, o nível de concentração que é difícil com as pressões e necessidade do resultado que a grandeza do Flamengo requer. Sei que se não ganhar, não estarei técnico do Flamengo. Sei bem disso, mas sei também que existe um processo para a evolução. A primeira bola do jogo é significativa, o Pedro já finaliza de meia distância. Está trabalhando nesse sentido. Em uma crítica colocada na imprensa diz que o Flamengo ano passado perdeu muito. Desde 2015 não perdia tanto. Coloquei para os atletas que é legal ganhar sete, mas não pode perder quatro. Tem que ter um equilíbrio maior. Perder menos. Isso é uma equipe equilibrada.
O que mais ele falou
Temporada: "É difícil falar sobre o contexto todo. Só vou falar do jogo. Uma equipe que teve domínio e controle total no segundo tempo. Mereceu vencer. No primeiro tempo o Botafogo teve momentos pela qualidade que tem, mesmo assim neutralizadas. Persistência, resiliência e vai até o final são palavras fáceis, mas é difícil fazer em campo. A equipe teve um nível de concentração alto com atletas que entraram e proporcionaram inclusive essa vitória."
De La Cruz e Arrascaeta: "Sim [a dupla vai ser mais produtiva], com o tempo e você me cobra. Faz essa pergunta de novo. Requer tempo de entrosamento dos quatro homens de meio-campo e com um jogador de profundidade pelo lado que normalmente é o lateral."
Mudança lateral-direita: "Do lado direito o Varela dá quando é jogada de combinação e tem o timing para passar. O Wesley não precisa de timing, só lançamento longo já dá a infiltração. O Varela teve problema, já estava programada a substituição, do Nico também. Jogamos dois clássicos, a exigência mental é forte."
Reservas: "Teste não. Jogadores desse nível... tenho um carinho grande pelo lado humano. Como técnico tenho que escolher, mas tenho carinho por eles porque sei do trabalho por trás do pano. Não me engano e não coloco panos quentes e nem aproveito de resultados positivos para dizer isso. Falo o que sinto. Tenho de escolher. Antes de começar o jogo coloquei isso para eles e que a preparação deles seria fundamental para entrar no jogo e ser decisivo. Não porque sou advinha, mas o futebol te traz isso."
Condicionamento: "Coordenação fina se pega com o tempo. O atleta vai adquirindo sua melhor condição. Retoma com uma sequência de jogos. É da jogada individual, mas também do posicional. A gente não engessa na frente, por vezes é do drible, da assistência. O Arrascaeta é assim, ouvi antes de chegar ao Flamengo que precisava de sequência, e é assim. Os atletas precisam disso."
Pedro e Gabigol: "A torcida deu apoio, estava impaciente pelo resultado. A gente tem que entender. Às vezes tocava a bola de lado e reclamava. Mas não pode perder a consciência. Achar que vai sair de qualquer jeito e fazer o gol. Os atletas precisam ter maturidade. Titularidade é a sequencia de jogos que vai dando. É a briga, disputa. São os momentos de cada um. O Pedro tem sido goleador. Gabi também. Tem a possibilidade em momentos estratégicos dos dois. Usamos eles juntos contra o Audax. Se o Arrasca, no jogo levantamos essa possibilidade, não tivesse continuidade, há possibilidade de entrar circunstancialmente. Dois grandes atletas"
Finalizações: "Pego um lance. O lance que o Arrascaeta finalizou contra o Vasco foi uma bola cavada nas costas da defesa, infiltração do Gerson, uma bola do Varela, cruza e ele faz o chute. Às vezes utiliza a bola longa, parecido com o do Palmeiras. Só não vale juntar 15 minutos de um lado e depois do outro, não olhar que no segundo tempo chutamos várias vezes. Tem que pegar o conjunto da obra."
Léo Pereira: "Tem margem de crescimento, não bateu o topo."
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