Endrick denuncia ato racista de torcedor contra família em jogo do Brasil
O atacante Endrick postou um vídeo em seu Instagram denunciando um ato racista de um torcedor, contra sua família, após a vitória do Brasil por 2 a 1 sobre a Venezuela, em Caracas (VEN), pelo Pré-Olímpico.
O que aconteceu
O torcedor vestia uma camisa da Venezuela e imitava um gesto de macaco. O ato foi direcionado ao setor onde estavam o pai e outros familiares do jogador no estádio Brígido Iriarte.
"Aconteceu com a minha família". Na legenda do vídeo publicado em seus stories, o jogador do Palmeiras escreve: "Infelizmente aconteceu com a minha família e amigos, mas Deus sabe de todas as coisas". Ele ainda escreve a frase: "Desculpa, pai, por esse momento. Desculpa, padrinho, por esse momento". O perfil da Conmebol foi marcado.
É possível ouvir uma mulher gritando "racista" repetidas vezes. O torcedor, por sua vez, respondia com uma imagem no celular que não está identificável por conta da qualidade do vídeo.
Endrick apagou a postagem alguns minutos depois. O UOL confirmou com a CBF que o atacante chegou a fazer a publicação.
Veja o vídeo abaixo
MAIS UM CASO DE RACISMO CONTRA BRASILEIROS
-- Diário de Torcedor (@DiarioGols) February 9, 2024
Endrick postou em seus stories um vídeo na qual um "torcedor" venezuelano imita um macaco para seu pai, que estava assistindo o jogo do Pré-Olímpico. pic.twitter.com/U19n9WR2aK
CBF repudia ato
A CBF emitiu uma nota oficial repudiando o ato racista. A entidade classificou o ato como "criminoso" e salientou que ele foi direcionado para o pai de Endrick. Confira a íntegra do comunicado:
"A CBF repudia os atos de racismo cometidos contra familiares do jogador Endrick ocorridos na noite dessa quinta-feira no Estádio Brígido Iriarte, em Caracas, durante e após o jogo em que a Seleção Brasileira Pré-Olímpica venceu a Venezuela por 2 a 1.
As manifestações de criminosos com camisas da seleção adversária eram dirigidas notadamente ao pai de Endrick, Douglas Ramos. Eles faziam gestos imitando macacos.
Tão logo informado sobre o episódio, o chefe da delegação da Seleção Brasileira na Venezuela, Daniel Vasconcelos, em nome do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se solidarizou com o atleta e seus familiares.
A CBF foi a primeira entidade nacional de futebol do mundo a adotar no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023.
Desde 2022, a CBF faz uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. E conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto".
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