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Carpini lamenta felicidade da Ponte em gol: 'Dificilmente acerta outra'

Thiago Carpini, técnico do São Paulo Imagem: Paulo Pinto/Rubens Chiri/São Paulo/Flickr

Do UOL, em São Paulo (SP)

10/02/2024 21h25

O técnico Thiago Carpini lamentou a felicidade do chute de Gabriel Risso, lateral da Ponte Preta, que abriu caminho para a vitória da equipe sobre o São Paulo por 2 a 0, resultado que derrubou a invencibilidade do treinador do Tricolor paulista.

Dificilmente acerta outra. "Sabemos da dificuldade de enfrentar a Ponte Preta aqui. Acho que a dificuldade de adaptação, não gosto de falar dessas coisas na derrota, mas dificuldade de adaptação ao gramado, mais alto, um pouco irregular. Os atletas reclamaram um pouco da iluminação também. São coisas que nós não controlamos e não foi por isso que perdemos. Mas são pontos a serem destacados. A Ponte foi mais efetiva. Acho que o lateral foi muito efetivo e feliz na finalização. Dificilmente vai acertar outra daquela, não que não tenha capacidade, mas é que realmente é difícil de se pegar. Até então, nada tinha acontecido demais na partida".

Queda da invencibilidade. "A derrota é inevitável, iria acontecer em algum momento. Isso não muda nossas convicções. Não vejo uma equipe desconcentrada, vejo uma equipe talvez um pouco abaixo do que sempre foi. Mas vale enaltecer que tivemos muita competitividade. Os erros técnicos que podem atribuir à falta de concentração, eu prefiro atribuir às condições de jogo, como gramado, altura da grama, qualidade do jogo. Essa é um adaptação diferente do Morumbi. Erros acabam sendo naturais. Temos que nos adaptar ao jogo e isso nos leva a errar um pouco mais".

Hora certa de perder? "Derrota não tem momento bom, mas é inevitável. Todos se preparam para vencer, tem suas qualidades, erros e acertos. Na partida de hoje aconteceu. Em alguns momentos, as derrotas também são importantes para algumas situações internas que precisamos seguir melhorando"

Veja outras respostas de Thiago Carpini na entrevista coletiva

Análise da derrota

Acho que resquício do que passou. Tivemos uma partida no Morumbi com uma boa atuação e vitória. O passado mais próximo é o Água Santa, não é a Supercopa. O que ficou para trás é história para contar, mas o próximo passo é o jogo mais importante. Na minha avaliação, um jogo controlado do São Paulo no primeiro tempo, não aconteceu muita coisa. As iniciativas do jogo foram muito mais do São Paulo, criamos umas duas ou três no primeiro tempo, três ou quatro no segundo, poderíamos ter feito o primeiro gol.

Perda de invencibilidade

Grupo do São Paulo é muito bom, muito qualificado, temos nossas dificuldades e vamos enfrentá-las ao longo da caminhada, mas não trabalhamos em cima do resultado. Vamos extrair as coisas boas e o que não aconteceu hoje tem que seguir funcionando como funcionou em outros momentos. Futebol tem dessas coisas. Nem tudo a gente consegue controlar.

Rivalidade pessoal com Ponte

Vejo de maneira tranquila. Rivalidade saudável, cabe. Em momento algum levo como ofensa. Estou mais preocupado com o São Paulo. Já enfrentei a Ponte em diversas oportunidades, inclusive no Brasileiro do ano passado. Foram sempre jogos muito difíceis.

Lesões Galoppo e Rato

No primeiro lance, Galoppo sentiu incômodo, ameaçou sair e foi muito guerreiro de ficar. Rato sentiu na segunda bola esse incômodo. Atleta fica receoso, não quer sair, quer continuar, mas também não consegue entregar tudo. Acabou que não funcionaram algumas situações que pensamos para o jogo de hoje. Pensamos os dois flutuando como meias, Rato um pouco menos, Galoppo dividindo com o Luciano. Tínhamos trabalhado essas trocas para trabalhar no campo da Ponte Preta, mas a verticalidade do jogo, a profundidade acaba comprometida e isso pode acabar atrapalhando um pouco o que a gente planejou. Não estou aqui para explicar o insucesso na partida de hoje criando situações que possam ter interferido. Tivemos bolas do jogo, não fizemos. A Ponte foi feliz nas oportunidades que criou, que foram pouquíssimas, e acabou vitoriosa.

Luiz Gustavo

Referência dentro e fora de campo. São Paulo e eu somos privilegiados de termos pessoas como o Luiz, Calleri, Lucas... Temos tantas lideranças positivas. Isso facilita muito nosso trabalho. Por mais que não tivéssemos, essa derrota não joga o São Paulo para baixo. Ainda brigamos pela liderança da chave. A derrota não nos coloca para baixo assim como o título e as vitórias não nos colocaram como melhores que ninguém. Somos um bom time, um bom elenco, e vamos seguir nessa mesma convicção.

Lições

Detalhes fizeram a diferença. Felicidade de uma finalização difícil de acontecer novamente. Muita gente na frente. São reflexões que fazemos também nos momentos de vitória. Reconhecemos nossas limitações e sabemos que precisamos sempre trabalhar para evoluir.

Rodagem de elenco

Não trato como bloco principal e não principal. Temos um time forte, competitivo. Em relação ao penúltimo jogo e último jogo, nós rodamos uma quantidade maior de atletas pela necessidade por início de temporada e quantidade de partidas. Grupo é muito forte, São Paulo é muito forte, então temos o privilégio de fazer isso com segurança. Nas primeiras partidas sempre rodamos o elenco, três, quatro atletas, então não teve essa de bloco, mas em relação ao penúltimo e último, sim. Mas eu não trato como time principal e não principal, mesmo tendo esse cuidado, a gente tem sofrido: Igor, hoje tivemos Galoppo, Rato e outras situações podem acontecer no decorrer da caminhada. À medida em que a temporada foi se estendendo e tivermos semanas abertas, essas situações tendem a acontecer menos. No jogo de hoje. Escalamos o que tínhamos de menor para ser uma equipe competitiva, descansada e de capacidade técnica que temos bastante. Não vou trabalhar em relação à próxima semana, vamos trabalhar o que temos para o jogo do Santos, o mais importante é sempre o próximo e pregamos isso no dia a dia.

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