Ramon fica ameaçado após fiasco pré-olímpico e por reformulação na seleção
O técnico Ramon Menezes está com o cargo ameaçado na CBF. Ele comandou a seleção brasileira sub-23 que não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.
O que aconteceu
O destino dele será selado depois do Carnaval, quando as atividades na CBF forem retomadas. O presidente Ednaldo Rodrigues avalia as possibilidades
O cenário é complicado para Ramon, que acumulou campanhas ruins no Mundial Sub-20, no período como interino na seleção principal e agora no Pré-Olímpico. Os títulos do Sul-Americano Sub-20 e no Pan-Americano não são suficientes para sustentar a moral de Ramon na CBF. Ele perdeu prestígio.
Para além da questão individual, a CBF está prestes a anunciar a reformulação na diretoria de seleções. Haverá a chegada de Rodrigo Caetano para coordenar o setor.
Quando Ednaldo desenhou o que desejava para o cargo, ele incluiu a supervisão da base. Essa mudança torna o futuro de Ramon ainda mais incerto.
Há uma interrogação a respeito do futuro de Branco, atual coordenador da base. As campanhas ruins recentes pesam.
De quem é a responsabilidade?
Ramon admitiu depois da derrota para a Argentina, que confirmou o Brasil fora dos Jogos Olímpicos, que tem "grande responsabilidade" pelo desfecho da campanha na Venezuela.
No quadrangular final, a seleção foi derrotada também diante dos paraguaios. A única vitória foi apertada, sobre a Venezuela. O time, no geral, não empolgou e nem demonstrou padrão tático, apesar de contar com nomes como Endrick, John Kennedy e Alexsander.
Pessoas próximas a Ednaldo reconhecem que a pressão pelos maus resultados das seleções recentemente recai sobre o presidente.
Ramon foi sustentado no cargo depois da queda no Mundial Sub-20, mas Ednaldo não segurou Pia Sundhage na seleção feminina após a eliminação na primeira fase da Copa do Mundo. Outra demissão recente foi a de Fernando Diniz, abrindo espaço para Dorival Júnior treinar a seleção principal.
Homem do presidente
Ramon chegou à CBF em março de 2022, duas semanas antes da eleição que deu a Ednaldo o mandato de quatro anos na entidade. O treinador tinha como trabalho mais recente o comando do Vitória.
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