Clássico mostra 1ª mudança drástica de Carpini após um mês seguindo Dorival

Uma avaliação de que o São Paulo precisava de mais gente dentro da área fez com que Carpini fizesse sua primeira mudança mais drástica no trabalho que herdou de Dorival Jr na derrota no clássico contra o Santos.

O que aconteceu

Carpini surpreendeu na escalação com Juan e Calleri como dupla de ataque. Enquanto era esperado um time com Erick e Galoppo nas pontas, o treinador abdicou dos extremos.

A ideia de Carpini era chegar com mais jogadores na área. O técnico via Calleri muito sozinho para brigar com os zagueiros e escalou Juan ao seu lado, com Luciano atuando livre por trás.

Um problema de última hora desmanchou o esquema. Moreira sentiu no aquecimento e precisou sair. Para a lateral, Carpini só tinha Igor Felisberto, de 16 anos, mas Bobadilla se prontificou a fazer a lateral e Carpini colocou Galoppo em campo refazendo o esquema anterior, o mesmo usado durante a temporada.

No fim do jogo, quando Calleri e Juan atuaram como dupla de fato, o São Paulo quase chegou ao empate. Erick chegou a marcar em cruzamento, mas um toque na mão do atacante anulou o gol; Juan perdeu gol nos acréscimos.

Após um mês bebendo da fonte de Dorival com poucas mudanças, Carpini começa a mostrar que vai implementar suas ideias. Na partida contra o Mirassol, o treinador chegou a mudar o sistema de jogo, mas depois confessou que o esquema foi todo pensado para poder poupar Igor Vinicius, que se lesionaria duas rodadas depois.

O que disse Carpini

Não repeti nenhuma formação. E não foi porque não gosto, pelo contrário, a continuidade é importante. A gente não conseguiu isso por problemas de temporada, que fazem parte. Que bom que herdamos um bom trabalho. Se fosse um outro momento, a gente talvez teria mais dificuldade. É um início satisfatório, mas que a gente precisa seguir evoluindo

A ideia era fazer o tripé com dois jogadores que têm a capacidade de fazer o corredor e pisar na área, que são Alisson e Bobadilla. O Pablo Maia protegeria um pouco mais. Temos que ter variações dentro da temporada, são muitos jogos e não podemos ficar presos a um sistema. Hoje, a gente tenta equilibrar fisicamente, taticamente, tecnicamente e clinicamente. Hoje, o Nestor, Lucas, Rafinha, Igor, Rato estão fora, e o Moreira sentiu no aquecimento. Que bom que meu elenco me dá possibilidades. Não é um padrão, mas é uma situação, que pode ser repetida no decorrer da competição. Depende do que teremos para cada jogo

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Eu joguei com dois atacantes. Era a nossa ideia. Os dois muito próximos um do outro. Por vários momentos, conseguimos segurar com dois atacantes uma linha de quatro, para dar liberdade ao Luciano para flutuar e dar liberdade ao Welington e Moreira. Perdemos Moreira. Eu poderia começar com Nikão e Erick, parecidos com Rato. A estratégia funcionou. muito em cima do adversário. Claro que o resultado não era o que a gente queria, por detalhes, não porque a equipe não atuou bem. A ideia era ter quando a bola chegasse dos lados, em jogos anteriores, eu notei que a gente pisava na área com pouca gente. A pressão na saída ficaria melhor com dois caras que pressionam muito bem. O Juan fez um bom jogo na função de dois atacantes. O Luciano não foi extrema. A gente jogou com dois atacantes enfiados e liberdade para o Luciano.

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