Abel prevê Jhon Jhon entre os melhores e rejeita baladeiros no Palmeiras
Abel Ferreira defendeu o meia John John das críticas que tem recebido por seu desempenho no Palmeiras após a vitória contra o São Bernardo com um time alternativo, e explicou por que ele seguirá jogando na equipe.
Além disso, o técnico português disse que o jovem de 21 anos tem potencial para ser um dos melhores jogadores do mundo.
O que ele disse
Jogador que tem um potencial imenso [Jhon Jhon]. Jogador que dribla, que assume riscos. E para assumir riscos, vai errar passes. Mas eu digo para fazer isso! Porque quando os passes começarem a entrar... Vai ser um jogador que pode chegar aos melhores do mundo. Às vezes custa ser amassado nesse momento. Abel Ferreira, em coletiva de imprensa após a vitória sobre o São Bernardo.
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Ele [Jhon Jhon] vai continuar a jogar por que gosto de jogadores que arriscam, que falham e que arriscam outra vez. Que são vaiados e continuam a arriscar, que a imprensa critica e continuam a trabalhar e mais cedo ou mais tarde colhemos o que plantamos.
Eu nunca vi um jogador que seja, sério, dedicado e que não colha frutos do seu trabalho. Mas já vi o contrário, os que largam, os que vão pra balada, e esses mais cedo ou mais tarde seguem o caminho deles. Mas estes nós não queremos no Palmeiras.
Veja outras falas de Abel
Flaco López: "Felizmente, nossos jogadores sabem o que trabalhamos no clube. E sabem lidar com o 8 ou 80 do futebol brasileiro. O Borja aqui não deu nada, completamente trucidado pelos nossos torcedores. Está bem no River. Entre outros. Pedro foi vaiado no Flamengo, Hulk no Atlético. A cobrança aqui é muito grande. Em relação ao Flaco, já quero colocar gelo. Já disse, é preciso tempo e paciência. Não só pra ele, mas para todos os jovens. Temos o Zé, o Veiga. O Veiga hoje é ídolo, mas já foi amassado, queimaram camisas. Eles têm isso na memória".
Cobrança no futebol brasileiro: "A cobrança aqui é muito grande. Lamento que os palmeirenses, corintianos, são paulinos... De outros estados também. Queria eu que fossem todos tão exigentes com a nossa sociedade como são com o futebol. Isso que eu desafio. Que fossem exigentes com outras classes como a judicial, política, financeira, como são com a classe desportiva".
Clássico contra o Corinthians: "Sei que é um jogo importante, é derby. Tem muita coisa em jogo. Mas vamos olhar para os jogadores que temos, preparar nossa equipe, mesmo que um dia a menos que nosso adversário. É um Palmeiras x Corinthians, não é o treinador A, B ou C. Os treinadores portugueses se respeitam muito".
"É um time histórico. Apesar de sermos rivais, precisamos um do outro. O Palmeiras precisa do Corinthians, o Corinthians precisa do Palmeiras. O Palmeiras precisa do São Paulo, o São Paulo precisa do Palmeiras. Do Santos, do Red Bull".
Estevão, autor da assistência para Flaco: "Já são quantos com 16 ou 17 anos?! Parece fácil... É preciso paciência, é um miúdo que tem potencial tremendo. Temos que ter cuidado. Tudo o que está a volta cria uma pressão. Eu admiro muito o jogador jovem brasileiro. Quando eu sei que a família está esperando ser sustentada por aquilo que o jogador fizer... Eu penso 'se minha filha não tirar 10 na escola, eu não tenho comida para comer'. Não sei qual é a pressão de um miúdo de 16 ou 17 anos que tem a família toda dizendo para jogar bem. Eu tento tirar essa pressão deles".