O que Tite diz de vaia da torcida do Flamengo a Pedro em disputa com Gabi
O técnico Tite falou das vaias recebidas por Pedro na goleada do Flamengo sobre o Boavista. O treinador explicou como vai administrar a situação da disputa com Gabigol.
[Administrar essa situação] Com verdade. Pelo menos, com a minha verdade. Eu também estou pressionado. Minha atividade é exposta, e pressão o tempo todo. O atleta de alto nível também. Alguns torcedores gostam mais de um estilo ou de outro. Parte da torcida não vai querer ter o Tite como treinador, gostaria de ter outro. O que ela vai ter é a dignidade do trabalho, o que eles têm que ter é a dignidade do trabalho, concorrência leal, fazer o melhor e colocar a equipe acima de qualquer coisa. Tite
O que mais ele disse?
Vaias: "[Administrar essa situação] Com verdade. Pelo menos, com a minha verdade. Eu também estou pressionado. Minha atividade é exposta, e pressão o tempo todo. O atleta de alto nível também. Alguns torcedores gostam mais de um estilo ou de outro. Parte da torcida não vai querer ter o Tite como treinador, gostaria de ter outro. O que ela vai ter é a dignidade do trabalho, o que eles têm que ter é a dignidade do trabalho, concorrência leal, fazer o melhor e colocar a equipe acima de qualquer coisa. Quando cheguei, os dois só tinham gols de pênalti. E eu disse que iríamos ajustar a equipe para dar condições a eles de fazer gol com bola em movimento. O Pedro começou a fazer uma série de gols. São dois grandes jogadores. Quando você tem a 9 ou a 10 nas costas, fica assim. Mas eles têm uma relação de conjunto que é mais importante do que a individualidade."
Resultado: "O Flamengo se aproxima [do equilíbrio], tem como objetivo nesse início de formatação. Quando entra um jogador jovem só em uma equipe base já é uma situação diferente. Nós todos estamos ajustando, procurando esse equilíbrio. Em números, o saldo de gols elevado dá o indício de uma equipe equilibrada."
Desfalques: "Mandar um abraço para o Gerson, que a gente está aguardando de braços abertos. As coisas vão se encaminhar bem. Allan está em recuperação, o Erick Pulgar da mesma forma. Queremos estar com todos eles em condições, e que a dor de cabeça seja do técnico".
Base: "Quero enaltecer o trabalho da base do Flamengo. Não sou eu, por mais vaidosa que seja a oportunidade, é a base do Flamengo que trabalha bem seus atletas tanto na parte técnica quanto na disciplinar. Chegam em bom nível. Só ter cuidado de colocar esses jovens em uma equipe estruturada. A gente procura estruturar para que o atleta venha da base, seja aproveitado e não tenha um falso negativo ou positivo".
Melhor esquema: "A equipe já está entrosada com os externos, já joga sem pensar. A outra vai ter que aprender a jogar sem pensar. É rotina. Errar, encontrar os espaços, a articulação. Fez bons jogos assim também. Ter sim o que é importante, que é não jogar de um jeito apenas. Há jogos que que precisa mais de posse, de criatividade, pode jogar com o quarteto. Dá para ter o quarteto no meio e fluir. Futuramente vai ter as duas possibilidades".
Retranqueiro: "Trago o estigma do gaúcho. O cara que fecha. Saí do Rio Grande do Sul ganhando de 3 a 0 do Grêmio de Ronaldinho, Zinho, Roger, Danrlei. Jogamos no Olímpico e empatamos o jogo lá. Na minha história tem o título do Grêmio metendo 3 a 1 no Corinthians e entrando com bola e tudo no terceiro gol. Minha história no São Caetano tem 5 a 0 no Internacional na decisão da subida para a Libertadores. Tem a seleção brasileira em 2018, no melhor momento que ela jogava. O que acontece é um pouco do gaúcho e de não deixar o trabalho terminar. Mas como vai avaliar se está na metade do caminho? Fui campeão mundial indo para dentro do Chelsea e criando. Acho que me mandaram embora do Rio Grande do Sul porque o Caxias jogava com um meio-campista contra o Grêmio. Quem fala isso não conhece minha história."
De la Cruz: "É uma das possibilidades [como volante]. Mas também de não ter uma equipe previsível e ter outras alternativas como a gente colocou com o quarteto no meio. Mas jogou muito e articulou muito".
Finalização: "Uma grande atuação na iniciação, no processo de construção média e alta. Eu digo [no intervalo] para transformar em gol, ter mais calma, precisão. Mas é início, o atleta vai tomando melhor ritmo. Os externos estão voando. Bruno Henrique, Luiz Araújo e Cebolinha são sacanagem. Vai criando. O time jogando assim tem que fazer mais gols. Mas verticalizou o tempo todo, buscou o gol, pressionou de forma leal, competiu forte".