António Oliveira abraça o 'corintianismo' e muda ambiente em duas semanas
Do UOL, em São Paulo
23/02/2024 04h00
Classificação e Jogos
O técnico António Oliveira se mostra bem à vontade e adaptado ao que é ser Corinthians. Após o 3 a 0 sobre o Cianorte, resultado que garantiu a vaga na Copa do Brasil, o português deixou claro que já entende alguns traços que caracterizam o clube.
O novo comandante foi abraçado pela torcida, conquistou os jogadores e incorporou o "corintianismo". Ele prometeu que o time não vai poupar dedicação em campo, destacou que sempre existirá cobrança interna e citou que conta com o apoio dos torcedores no "inferno" da Neo Química Arena.
A adaptação quase que imediata à realidade de um clube grande vem de berço. Seu pai, Toni, foi jogador e técnico e teve forte ligação com o Benfica, um dos principais clubes de Portugal.
Clube grande é assim. Felizmente, nasci em família de quem também vivenciou isso. Em qualquer parte que vamos, do país, há corintianos por todo o lado. É força, vitalidade de um clube enorme que vive do passado, do presente e quer cada vez mais consolidar um futuro com conquistas. Fiquei extremamente feliz por ver estádio cheio, completo. Sentir carinho dessa torcida maravilhosa. Como nós, em campo, nunca desistem António Oliveira
Adaptado e embalado
O treinador português tem pouco tempo de trabalho, mas já teve impacto imediato. Ele assumiu há duas semanas, com o time vindo de cinco derrotas seguidas, e está invicto: três vitórias e um empate — com gostinho especial por ter sido arrancado, no fim, no clássico contra o Palmeiras.
António transformou o ambiente interno e externo do clube, que vinha turbulento com Mano. Além da fase ruim do time em campo com o ex-treinador, Mano acumulou momentos controversos: chamou Yuri Alberto de "burro" e teve uma fala polêmica envolvendo Raniele e o Cuiabá.
Após a classificação na Copa do Brasil, António tem outra missão pela frente: avançar também no Paulistão. O Corinthians tem três jogos para tirar uma diferença de quatro pontos (no momento) e conseguir ficar entre as duas primeiras posições do Grupo C. O próximo compromisso é no domingo (25), contra a Ponte Preta, em Itaquera.
Tem que ganhar em qualquer contexto, é uma obrigação, nem que seja de nós sobre nós próprios. Mais que jogar bem é ganhar, mas se jogarmos bem, estaremos mais perto de ganhar. O que estou a pensar agora é na recuperação dos jogadores, no treino de amanhã e em analisar o próximo adversário, definir estratégia e, no domingo, fazer o nosso inferno para conquistar os três pontos. António Oliveira