O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizado ontem na Avenida Paulista, contou com a figura de um esportista em um dos muros próximos ao prédio da Fiesp: a imagem do ex-jogador Vampeta em um ensaio nu.
O que é isso?
O "Vampetaço" vem ganhando fama nos últimos anos. O termo é uma referência direta ao ex-atleta do Corinthians e da seleção brasileira.
O ato é uma espécie de cancelamento virtual, que deixou as redes sociais rumo aos muros recentemente — como no caso da manifestação de ontem, por exemplo. A ação foi de opositores do ex-presidente.
O funcionamento é simples: quando uma pessoa participa de algo considerado desagradável ou "errado", os autores do "Vampetaço" enchem seu perfil com fotos do ensaio nu do ex-jogador. Ele posou pelado, ainda em 1999, para a extinta revista "G Magazine".
Ontem, as imagens foram expostas em cartazes fixados no muro vizinho ao Juizado Especial Federal, em frente à estação Trianon-Masp. A região é uma das mais movimentadas da Paulista.
Continua lindo pic.twitter.com/xSMEjsUTer
-- ¯\_(ツ)_/¯ ( ͡° ͜ʖ ͡°) (@fazamor) February 25, 2024
A parte íntima do ex-volante foi tampada com o seguinte termo: "cease fire" ("cessar-fogo", em inglês). A mensagem tem relação com o conflito Israel-Hamas e pede o fim dos ataques.
A guerra já havia virado motivo de "Vampetaço" na semana passada. O chanceler israelense Israel Katz rebateu nas redes sociais uma declaração do presidente Lula sobre a guerra, e viu uma série de pessoas publicarem a foto do brasileiro nu na publicação.
A "trollagem" ganhou destaque em diferentes cenários, desde política (envolvendo o ex-deputado Douglas Garcia e o perfil do governo de Israel), passando por entretenimento (envolvendo Varg Vikernes, vocalista da banda Burzum) e chegando ao futebol (envolvendo torcedores do Valencia que apoiaram racismo contra Vinicius Júnior).
Não me incomoda, acho da hora. Queria dar os parabéns pra quem criou isso.
Vampeta, em entrevista concedida em 2021 ao UOL
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