Vampetaço: por que cartaz com Vampeta pelado apareceu em ato pró-Bolsonaro

O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizado ontem na Avenida Paulista, contou com a figura de um esportista em um dos muros próximos ao prédio da Fiesp: a imagem do ex-jogador Vampeta em um ensaio nu.

O que é isso?

O "Vampetaço" vem ganhando fama nos últimos anos. O termo é uma referência direta ao ex-atleta do Corinthians e da seleção brasileira.

O ato é uma espécie de cancelamento virtual, que deixou as redes sociais rumo aos muros recentemente — como no caso da manifestação de ontem, por exemplo. A ação foi de opositores do ex-presidente.

O funcionamento é simples: quando uma pessoa participa de algo considerado desagradável ou "errado", os autores do "Vampetaço" enchem seu perfil com fotos do ensaio nu do ex-jogador. Ele posou pelado, ainda em 1999, para a extinta revista "G Magazine".

Ontem, as imagens foram expostas em cartazes fixados no muro vizinho ao Juizado Especial Federal, em frente à estação Trianon-Masp. A região é uma das mais movimentadas da Paulista.

A parte íntima do ex-volante foi tampada com o seguinte termo: "cease fire" ("cessar-fogo", em inglês). A mensagem tem relação com o conflito Israel-Hamas e pede o fim dos ataques.

A guerra já havia virado motivo de "Vampetaço" na semana passada. O chanceler israelense Israel Katz rebateu nas redes sociais uma declaração do presidente Lula sobre a guerra, e viu uma série de pessoas publicarem a foto do brasileiro nu na publicação.

A "trollagem" ganhou destaque em diferentes cenários, desde política (envolvendo o ex-deputado Douglas Garcia e o perfil do governo de Israel), passando por entretenimento (envolvendo Varg Vikernes, vocalista da banda Burzum) e chegando ao futebol (envolvendo torcedores do Valencia que apoiaram racismo contra Vinicius Júnior).

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Não me incomoda, acho da hora. Queria dar os parabéns pra quem criou isso.

Vampeta, em entrevista concedida em 2021 ao UOL

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