Metrô diz que não registrou 'incidentes' com bolsonaristas; Gaviões se cala

Por fim, o Metrô ainda repudiou qualquer tipo de discriminação, seja por afinidade política ou religiosa, raça, cor ou gênero.

A torcida organizada, por sua vez, adotou silêncio. A assessoria dos organizados afirmou que não irá se pronunciar sobre o ocorrido.

O UOL apurou que, internamente, a Gaviões vê o episódio como uma atitude isolada de alguns membros. "É atitude isolada, a Gaviões é apartidária. Nós nascemos para apoiar, fiscalizar e cobrar o Corinthians. Quem quiser defender partido político tem que se afiliar a um", disse um dirigente da organizada.

O que o Metrô disse

"O Metrô não registrou incidentes a esse respeito. A operação no fim de semana foi bem-sucedida e todos puderam ir e voltar com segurança. Reforçamos que o Metrô repudia todo e qualquer discriminação seja por raça, cor, gênero, afinidade política e ou religiosa."

Barrados no Metrô

Alguns membros da organizada estavam uniformizados em um dos vagões da linha verde rumo à Neo Química Arena — o alvinegro jogou contra a Ponte Preta poucas horas depois, em Itaquera, pelo Campeonato Paulista.

Assim que o trem chegou à estação Paraíso e as portas se abriram, manifestantes favoráveis a Jair Bolsonaro tentaram entrar. Vestidos de verde e amarelo, eles participaram de um ato na avenida Paulista em defesa do ex-presidente.

"Aí, ninguém entra. Não vão entrar, não. Pode voltar", bradaram integrantes da torcida. Eles se posicionaram na porta e fizeram uma espécie de barreira, fechando a passagem

Uma das manifestantes se irritou, questionou o motivo da atitude e não teve resposta. Os membros da Gaviões, então, passaram a bradar músicas relativas ao time: "Timão, eô", gritaram eles.

Não houve qualquer tipo de confusão, e o metrô seguiu normalmente o trajeto rumo à estação Ana Rosa. Há também outros vídeos que circulam nas redes sociais mostrando corintianos contrários a bolsonaristas em outras estações do sistema metroviário público paulistano.