Fortaleza: Titi chora e fala em 'tentativa de homicídio' em ataque a ônibus
Emocionado, o zagueiro Titi falou sobre a "tentativa de homicídio" contra a deleção do Fortaleza após jogo contra o Sport, cobrou a CBF e pediu união dos jogadores para "fazer a bola parar".
Foi uma tentativa de homicídio o que a gente viveu. Só quem estava lá dentro consegue dimensionar, e até faltam palavras para descrever o que vivemos. Aqueles vândalos sabiam o que estavam fazendo, e nós só estávamos trabalhado. O Fortaleza foi vítima do que o futebol já está se desenhando há muito tempo. O que me deixa mais triste é a impunidade, ver que está sendo tratado como mais um caso, sendo que eu estava lá dentro, vidas foram postas em risco. Titi, ao Seleção sportv
Foi uma tocaia. Eles sabiam exatamente o que estavam fazendo, eles sabiam o que queriam com aquilo, tirar as nossas vidas, e por um milagre todos saíram com vida. A pressão psicológica de entrar e sair de novo de um estádio vai ser grande.
O que mais ele falou
Lesão em decorrência do ataque ao ônibus: "Eu nunca tinha passado por nenhum tipo de lesão, e agora, numa tentativa de homicidio, eu tô afastado daquilo que eu mais gosto de fazer. Nunca tinha entrado num hospital para fazer qualquer tipo de procedimento e tive que passar por isso. As lesões vão passar, vou ficar mais de um mês parado, mas o sentimento de ver o grau de maldade me deixa muito triste".
Titi passou por cirurgia para retirada de estilhaços de vidro e resquícios de bombas caseiras da região da panturrilha. O jogador não tem data para voltar aos gramados.
Cobranças a jogadores e CBF: "Talvez os atletas também tenham culpa nisso, porque o certo era nenhuma rodada acontecer enquanto os bandidos não fossem responsabilizados, mas no nosso país o mais importante é a bola continuar rolando. Eu fiz um apelo para o presidente Edinaldo, para que isso que aconteceu com o Fortaleza seja um passo para a mudança. A gente é xingado, maltratado por atitudes, agora por violência, o que a gente está esperando, uma morte? Para que realmente se faça alguma coisa. Não recebemos nenhuma ligação da CBF. O importante é que a bola continue rolando".
Clima entre os jogadores: "O ambiente é de tamanha tristeza. Muitos atletas muito abatidos. Só nós sabemos o que passamos naqueles minutos agonizantes. Jogador chorando, gritando, sangue por tudo que era parte, mas o importante que a bola rolou. Isso vai parar em morte".
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