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Eles viram o Flu perder da LDU. Hoje, vivem com os filhos fase de títulos

Rodrigo com seu filho Leonardo nos ombros. Ao lado, o pai Edson. Emoções vividas por três gerações de tricolores Imagem: Arquivo pessoal

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/02/2024 04h00

Classificação e Jogos

Uma dor que durou 15 anos. E que se encerrou somente no dia 4 de novembro de 2023. Os vices da Libertadores, em 2008, e da Sul-Americana, em 2009, foram feridas que se cicatrizaram apenas agora, depois que o Fluminense conquistou a América. E é justamente abraçados a essa conquista que pais que estavam naquela final apostam nos pés quentes de seus filhos para que o fantasma chamado LDU seja exorcizado de vez hoje (29), na final da Recopa Sul-Americana, no Maracanã.

O que aconteceu

O UOL conversou com tricolores que estiveram nas derrotas para a LDU. Caso do engenheiro de produção Rodrigo Galeão, hoje com 40 anos, e que, naquela final, estava com seu pai, Edson.

Até o dia 4 de novembro eu não via nada daquele jogo. Fomos bicampeões brasileiros, depois do Carioca, mas a cicatriz ainda estava aberta. Não conseguia ver nenhuma reportagem que citava 2008. E é impressionante como isso mudou depois do dia 4. Já até vi os pênaltis. Única lamentação é que poderíamos ser bi, mas o ferimento está cicatrizado. Posso respirar e dizer 'sou campeão da Libertadores', e entender que aquele sofrimento passou
Rodrigo Galeão

Seu filho, Leonardo, nasceu em 2015 e, com apenas oito anos, já viu o Fluminense ser campeão da Libertadores. O pequeno tricolor, inclusive, estava no Maracanã na vitória sobre o Boca Juniors por 2 a 1.

Vamos muito aos jogos. São raros os que não o levo. Ele só viu o Flu perder duas vezes. É tão especial ele ir comigo no Maracanã que, nessas duas vezes, ele falou: 'pai, não estou a fim de ir, não'. E ele nunca fala isso. Ele prefere ir a jogo do Flu que aniversário de amigo da escola. A gente brinca entre nossos amigos que quando o Léo está, o Fluminense não perde. É um amuleto mesmo

Ricardo Almeida, empresário de 38 anos, também estava nos vices. Hoje ele tem o filho Rafael, de dez anos, que brincou sobre o pé quente de sua geração para liquidar os traumas dos pais.

Meu filho brinca justamente com isso. Ele diz que as crianças tricolores de agora dão sorte, que o Fluminense será campeão e que a LDU não vai mais nos deixar tristes
Ricardo Almeida

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