Sport quer banir torcedores envolvidos; Fortaleza cobra 'punição severa'

Yuri Romão, presidente do Sport, falou que o clube está trabalhando ao lado das autoridades para encontrar os responsáveis pelo atentado ao ônibus da delegação do Fortaleza.

O que aconteceu

"Desde o incidente com o ônibus do Fortaleza a gente tem elaborado um caderno com questões que vamos abordar nos próximos dias. Isso inclui o banimento de torcedores envolvidos ou que tenham algum inquérito policial em andamento", disse em participação no Redação Sportv.

"O nosso banco de dados já está conversando com o banco de dados da Secretaria de Defesa Social do estado. Além disso, a colocação da biometria facial, que já tínhamos comprado e está sendo utilizado na Ilha do Retiro, mas como no primeiro semestre estamos mandando as partidas na Arena, lá não tem essa tecnologia. Isso tudo vai ajudar a inibir essas gangues, porque eles não são torcedores", completou.

Romão também fez questão de deixar claro que o clube não tem relação ou vínculo com as torcidas organizadas do Sport. O presidente reforçou que não dá ingressos ou cede espaço no estádio para esses torcedores.

"A partir de agora, no âmbito administrativo, vamos restringir ainda mais e fazer o que pudermos fazer, porque não vou admitir mais atos como este. Isso está manchando a imagem do clube e um impacto financeiro, porque nenhum patrocinador quer ter seu nome atrelado com atitudes como esta", completou.

Nesta semana, o Sport fez um ofício pedindo a exclusão de 34 sócios do clube, bem como penalidade disciplinar e administrativa de impedimento a eles, que têm histórico de crimes em estádios e praças públicas.

Fortaleza que 'punição severa'

"Acho que, acima de tudo, tem que ter punição severa. Com todo respeito, a torcida organizada do Sport tem histórico dessa prática de violência e o Fortaleza foi mais uma, a pior de todas. Acho que a falta de punição que não tiveram em outras oportunidades, fez com que fizessem o atentado contra a gente e, se não foram punidos, vão fazer de novo", falou Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, também em participação no programa.

Paz comentou que o clube rompeu com as organizadas no ano passado. Em 2023, torcedores do Leão do Pici brigaram entre si no setor visitante da Neo Química Arena.

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Como exemplo de busca por paz nos estádios, Marcelo mencionou que o fortaleza está pedindo para seus torcedores não irem para a Paraíba para assistir o confronto com o Botafogo-PB. "A possibilidade de briga é alta. Hoje, o Fortaleza defende que não tenha torcida nossa na partida de domingo, olha que absurdo. A nossa prioridade é a paz no estádio, no futebol."

Paz também comentou sobre como estão os jogadores após o atentado ao ônibus. Ele disse que não dá para medir as consequências emocionais e físicas que seus atletas tiveram.

"Temos jogadores lesionados que, certamente, não jogarão no domingo pela Copa do Brasil - partida que seria hoje, mas foi adiada. Temos o Galhardo afastado para cuidar de sua saúde mental, porque ele reconheceu que não tinha condição de jogar e pediu o afastamento. Outros jogadores podem estar abalados de alguma forma, mas a gente só vai detectar isso no dia a dia, quando tiver o próximo jogo e eles tiverem que pegar o ônibus para um jogo fora de casa. Isso não tem como medir", relatou.

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