De Marcelo a R. Augusto, Fluminense recorre a medalhões para mudar Recopa

O Fluminense se acostumou a ter a marca dos moleques de Xerém entrando no segundo tempo e mudando a cara do jogo — John Kennedy na Libertadores que o diga. Mas a história na Recopa foi mudada com o efeito de uma turma bem mais experiente. E na lista estão Marcelo, Renato Augusto e Douglas Costa — apesar de os gols terem sido de Jhon Arias.

O que aconteceu

O trio de trintões foi a aposta de Fernando Diniz para mudar o enredo do jogo contra a LDU, no Maracanã, quando o Fluminense ainda precisava de pelo menos dois gols para ser campeão. Eles entraram juntos, inclusive.

O time melhorou de produção após um primeiro tempo de muitos erros de passe e pouca criatividade, diante de uma LDU que tentou se fechar ao máximo.

No caso de Renato Augusto, a movimentação na área rendeu o pênalti que resultou no segundo gol de Árias.

Marcelo trouxe a qualidade do passe, como sempre, usando a técnica apurada para melhorar a transição e o setor criativo.

Já Douglas Costa foi importante quando o Flu precisava de volume pelas pontas, mesmo quando tinha ficado com um jogador a menos.

Isso é uma divisão que eu não consigo entender. As pessoas gostam de fazer. Mas quando você coloca a camisa, todo mundo é Fluminense. Quem está no banco, analisando, entendendo, tem que saber que quando você entrar no jogo você tem que mudar o jogo. Isso mostra a força do elenco Renato Augusto, meia do Fluminense

Renato Augusto comemora com a taça da Recopa Sul-Americana
Renato Augusto comemora com a taça da Recopa Sul-Americana Imagem: Wagner Meier/Getty Images

Funções diferentes

Marcelo é o único dos três que é titular absoluto, mas começou no banco porque estava voltando de uma semana de dores no pé esquerdo.

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"Eu sei quando eu jogo bem, quando jogo mal, quando estou mal fisicamente. Comentários não vão mudar nada. Eu vejo todos os comentários. Meu Instagram está lá. Eu faço tudo o que dá para fazer e tento ser da melhor maneira possível", afirmou o lateral, dizendo que ainda tem lenha para queimar.

Já Renato Augusto e Douglas Costa são medalhões que não fazem parte do time titular ideal de Fernando Diniz e ainda estão em um período de adaptação ao estilo de jogo e formação do treinador.

"São momentos diferentes. Eu tinha um passado muito grande no Corinthians. Tinha uma responsabilidade maior natural. Chegando aqui, tem uma divisão maior de responsabilidade, uma outra forma de jogar, de treinar. Estou me adaptando ao grupo e à forma do Diniz. Minha cabeça está muito boa para no momento que entrar no jogo entrar bem. A maturidade vai ajudando. Acho que nesse momento da minha carreira eu quero isso. Comemorar títulos e buscar mais", comentou Renato Augusto, comparando o papel atual com o que executava no Corinthians.

Passada a Recopa, o Fluminense volta os olhares para o Carioca. Quer o tricampeonato. Domingo, termina a Taça Guanabara contra o Botafogo, novamente no Maracanã, e depois entra de cabeça no mata-mata.

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