Sem paz selada, Leila e Casares se reúnem para diminuir crise após clássico

Leila Pereira e Julio Casares, presidentes de Palmeiras e São Paulo, respectivamente, se reuniram ontem (6) com o presidente Reinaldo Carneiro Bastos, da FPF, para conversar após as polêmicas no clássico da última semana, pelo Campeonato Paulista.

O que aconteceu

Os dirigentes conversaram de forma educada, mas não selaram a paz. Os clubes acumulam desentendimentos desde o apito final no 1 a 1 do último fim de semana.

O objetivo do encontro foi para tentar acalmar os ânimos após o empate no Morumbi e evitar futuros problemas. Os clubes, por exemplo, podem se enfrentam no mata-mata do Paulistão.

A relação entre Leila Pereira e Casares estava estremecida desde a contratação de Caio Paulista pelo Palmeiras. O lateral defendeu o São Paulo na última temporada.

Os acontecimentos no MorumBIS agravaram o cenário. Leila ficou decepcionada com o tratamento de Casares e cobrou punição ao diretor de futebol Carlos Belmonte, que chamou Abel Ferreira de 'português de merda'. Do outro lado, o mandatário tricolor defendeu Belmonte e cobrou a presidente do Palmeiras por "não promover a paz".

Confusão e troca de farpas

Cobrança à arbitragem e ofensas à Abel Ferreira. Após o empate pelo Paulistão, dirigentes e jogadores do São Paulo se dirigiram ao vestiário do árbitro para reclamar, e o diretor Carlos Belmonte chamou o técnico alviverde de 'português de merda'.

São Paulo 'vetou' sala de coletiva para Abel Ferreira. O técnico deixou o MorumBIS sem falar com a imprensa. O Tricolor alegou "reciprocidade" e que não proibiu o rival de usar outro espaço da área de imprensa. O Alviverde, por outro afirmou que o mandante não deu opções.

Palmeiras acusou Belmonte de "xenofobia". No dia seguinte ao jogo, o Alviverde emitiu uma nota em defesa ao técnico Abel Ferreira, apontou o diretor são-paulino como persona non grata no clube e afirmou que quer proibir a entrada do dirigente em partidas no Allianz Parque.

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Leila cobrou punição ao diretor e desculpas públicas de Casares: "Espero que as autoridades tenham uma atitude exemplar, punindo Belmonte para que isso não aconteça novamente [...] Ele [Casares] teria que me procurar e ainda pedir desculpas públicas. Quero desculpas públicas e o comprometimento de que isso não vai acontecer mais", disse a presidente à TV Globo.

Ela também ficou decepcionada com a conduta de Casares e com o tratamento recebido pelos profissionais do Palmeiras no MorumBIS. A interlocutores, a presidente chegou a externar que não esperava que uma pessoa que ela conhece há tanto tempo pudesse se comportar de maneira tão agressiva em relação a um adversário.

O presidente do São Paulo respondeu em nota: "Lamento que em 2022 a presidente Leila não pensou de forma inclusiva e em promover a paz nos estádios. Na ocasião, após o término da final do Paulistão, não houve qualquer comoção ou pedido de desculpas da instituição sobre ato homofóbico em relação ao São Paulo Futebol Clube".

Casares também já via rusgas na boa relação antes do polêmico Choque-Rei. O mandatário são-paulino não havia gostado de algumas atitudes de Leila Pereira nos últimos tempos.

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