Textor rebate criticas ao sintético: 'Não jogaremos em campo de bezerro'
Dono da SAF do Botafogo, John Textor criticou um possível veto aos gramados sintéticos para o Campeonato Brasileiro de 2025. A questão foi levantada por alguns clubes durante o Conselho Técnico da Série A, organizado pela CBF.
A saúde dos jogadores está em melhores condições no sintético. Temos uma alta qualidade que está creditada até por jogadores de outros clubes. Às vezes, pessoas que nem pisam na grama ou jogam futebol falam bobagem. Eu queria que eles olhassem o sistema que nós criamos. John Textor após vitória sobre o Red Bull Bragantino pela Copa Libertadores
A grama no Brasil é diferente. Olhe para todas lesões de tornozelo e nas pernas que tivemos em gramados ruins. Se vamos jogar em campos de bezerros na liga, as pessoas devem investir em campos 80% naturais e 20% sintéticos, que é o padrão das grandes ligas no mundo.
Não critiquem nossa tentativa de tentar algo mais seguro para os jogadores. Vamos falar de elevar o nível. Querem ir para grama natural? Devemos formar a liga, oficializar um padrão, pagar e treinar árbitros. Vamos em frente. Vamos todos pagar 1,3 milhão de dólares (R$ 6,4 milhões) em cada campo, é isso que custa na Premier League.
O Brasil merece a qualidade dos melhores lugares do mundo, futebol é bom como em qualquer lugar do mundo. Isso pode impactar nossos shows, mas arrumaremos um jeito. Se quiserem ir para a grama natural no ano que vem, nós iremos. Não enganem, não jogaremos em campo de bezerro, não faz bem aos jogadores.
O que aconteceu
Segundo Rodrigo Matos, colunista do UOL, alguns clubes fizeram reclamações sobre o gramado sintético sinalizando serem favoráveis ao seu veto no Brasileiro. Isso aconteceu durante a reunião entre CBF e os clubes integrantes da Série A de 2024.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, fez força contrária à votação de um veto total ao sintético para a edição atual. O Brasileirão começa em pouco mais de um mês.
Os clubes, porém, conseguiram autorização para fazer um treino no campo na véspera da partida. Hoje Athletico, Botafogo e Palmeiras tem grama sintética em seus estádios.
O debate, porém, deve volta para o Brasileirão de 2025. Tanto que, segundo o PVC, colunista do UOL, o Palmeiras já cogita o uso de um gramado retrátil no Allianz Parque.
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