Abel cobra punição a diretor do São Paulo e evita falar em processo

O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, comentou sobre a polêmica envolvendo Carlos Belmonte, diretor do São Paulo.

Abel disse que não conhece Belmonte e pediu que as punições sejam cumpridas de maneira justa, em entrevista coletiva após a vitória do Palmeiras contra o Botafogo, pelo Paulistão, neste sábado (9).

Eu espero que as mesmas autoridades que me castigaram por determinados comportamentos que tive, sejam iguais com outros comportamentos semelhantes ou piores que também são feitos, e que tomem as mesmas medidas. Eu não quero nada para mim, quero as coisas justas. Sou democrático. Eu não conheço esse senhor (Belmonte). Se duvidar, ele é uma pessoa espetacular, mas nunca falei com ele.
Abel Ferreira

"Eu não conheço esta pessoa, mas como te disse, há situações e há limites que nós temos que cumprir e seguir. (...) quando infringi as regras no futebol, o STJD foi muito rigoroso comigo. Eu não espero lhes dar e nem a nenhum advogado do Palmeiras mais trabalho. Há limites para tudo e na hora certa vocês saberão (se terá processo).
Abel Ferreira

O que mais ele disse

Problema no jogo contra o São Paulo: "A instituição São Paulo merece todo o respeito. Mas a minha função como treinador é essa. Quando os presidentes me querem contratar, é uma das coisas que eu falo. Minha função é valorizar o clube, que é o caso do Palmeiras, valorizar os nossos jogadores. Portanto, merece todo o respeito à instituição São Paulo, porque o futebol brasileiro e os clubes brasileiros são muito maiores do que cada um de nós. O Palmeiras vai fazer 110 anos de história e muitos passaram e fizeram história neste clube. E o clube vai continuar. O Palmeiras, ao longo da sua história, só tem dois elementos que são insubstituíveis: o Periquito e o Porco."

Discussão com Belmonte: "E mais, o meu coração é igual coração de mãe, ele perdoa tudo. Cabe sempre mais um, mas há limite e há coisas que eu não vou ter que falar aqui. Elas têm que ser decididas e discutidas nos locais certos e não pode ser pública. É nos devidos locais que as coisas são resolvidas com as pessoas que têm competência para decidir o que é que é e o que não é. O resto, eu não vou alimentar."

Sobre o jogo: "A primeira parte foi lenta. Tenho que analisar que o nosso adversário jogou mais recuado e mais organizado. Preciso dar os parabéns a esse treinador. Eu não conhecia o Paulo Gomes. Foi uma equipe que nos criou muitas dificuldades, quer com 11, quer com 10. Mas a verdade é que depois, com menos um, as coisas ficaram mais fáceis."

Táticas: "Vocês têm reparado nisso? Quase todas as equipes têm jogado com linha de 5 contra nós. Isto é sinal de respeito e nós já sabíamos que contra o Palmeiras vão fazer tudo para nos dificultar e ganhar, porque é o terceiro ano seguido que, na primeira fase, não perdemos."

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Livros: "Eu já escrevi três livros aqui no Brasil. E aliás, partilho tudo aquilo que eu faço, e eu dou essas receitas a instituições que merecem. Sou embaixador da Biblioteca Nacional e tenho muitas coisas feitas que vocês não têm que saber."

Polêmicas no futebol brasileiro: "Sou grato ao futebol brasileiro, da minha parte é isso. Com todo o respeito, se instituições do futebol brasileiro fizeram comunicados contra mim, não sou eu que controlo. Acham que eu sou uma pessoa competitiva, mas os outros também são. Mas eu sou mais. As punições ou as coisas que eu fiz mal, eu fui punido e cumpri. Já foi. Não adianta mais falar. Nesta temporada tenho somente um amarelo."

Time ideal: "A função do treinador é sempre a de apertar parafusos. Nosso modelo de jogo está sempre inacabado, precisamos fazer dinâmicas, experimentar jogadores em posições diferentes, fazer os jovens verem outras coisas. O Paulista também serve para isso. Mas realmente fizemos 12 jogos no Paulista e em 10 as equipes usavam linhas de cinco. Há muitas equipes que tentam nos travar."

Falta de pontaria: "Não podemos perder gols fáceis. Temos que fazer. Contra o Corinthians perdemos um debaixo das traves. Hoje isso aconteceu também. E a equipe não pode pecar nesse sentido."

Allianz: "Estamos jogando fora de casa, e é bom que todos entendam isso. Sei que os torcedores fazem esforços grandes para vir até aqui. Quando o jogo é a noite, sei que não tem transporte. Sei que os sacríficos são grandes. Nossa casa é o Allianz Parque. Precisamos de toda aquela atmosfera e vibração dos torcedores. Estamos com mais um obstáculo. Seja no gramado, no sintético, contra quem for, nos gramados fracos e ruins, nós precisamos de atitude, e nisso eu valorizo os jogadores. Temos que jogar aqui. Não é desculpa, mas não é igual jogar aqui em Barueri e no Allianz Parque."

Mayke: "É um jogador versátil, que tem características de ponta. É um jogador agudo, que nos dá cruzamentos e profundidade — e pode fazer boa dupla com Rocha — ambos trazem equilíbrio ao time. O Rocha traz mais segurança e passe, e o Mayke traz mais corrida no espaço. Isso tem mais a ver com característica. Alguns jogos vou precisar mais do Rocha, outros mais do Mayke. Outros, eu farei com os dois."

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Opções: "É sempre bom ter opções. Quero chegar na próxima fase com todos os jogadores inteiros e disponíveis. É bom ter essa dor de cabeça para escolher aqueles que entram. O Palmeiras é uma das equipes que faz mais gols no segundo tempo. Portanto, vocês veem a importância que têm esses jogadores que entram e nos ajudam. Não ganho só com os 11 que entram, é com o time todo."

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