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Carpini vê campanha satisfatória do São Paulo: 'chave complicada'

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

10/03/2024 19h44

Classificação e Jogos

Thiago Carpini analisou a classificação suada do São Paulo no Paulistão. Para o técnico, a campanha da equipe foi "muito satisfatória" e o Grupo D (que tinha Novorizontino, São Bernardo e Botafogo-SP) era o mais difícil do campeonato.

A campanha é muito satisfatória. Fizemos a terceira melhor campanha geral, mas caímos na chave mais complicada, com duas grandes equipes, o São Bernardo e o Novorizontino. O São Paulo poderia ter caído fora com 20 pontos. Foram as circunstâncias que nos levaram a esta situação. Vejo um saldo positivo, estamos no caminho.
Thiago Carpini, em entrevista coletiva

O que mais ele disse

Sobre o jogo: "Dependíamos só das nossas forças, não tinha combinação de resultado, mas corríamos o risco de ficar fora em função do que estava acontecendo no nosso jogo, não necessariamente nos outros jogos. O jogo se apresentava mais tranquilo, sem muita pressão do Ituano. Vão associar os três zagueiros ao gol do Ituano, mas acho que pensamos nas estratégias para proteger a nossa área. Foram mais falhas de tomadas de decisões que aconteceram durante a partida. São situações a serem melhoradas."

Substituição de Ferreira: "Eu tirei o Ferreira, porque o próprio gramado não favorecia jogadores de transição. Ele não é um cara de bola alongada, é um jogador de tirar o time de trás com condução. Naquele momento, a ideia era não tirar a profundidade e nem deixar o time mais lento, era para controlar o jogo — por isso colocamos o James."

Gramado: "Acho que o gramado encharcado não favoreceu muito, porque o jogo em si ficou mais lento e pesado."

Legado: "A gente herdou um trabalho vitorioso, mas não deixa de ser um trabalho de reconstrução. O sucesso depois do sucesso é muito difícil. Mesmo se o trabalho continuasse, não teríamos certeza do resultado de imediato. O pós é complicado. Sabemos que é natural uma zona de conforto. Nós perdemos atletas importantes. Então temos algumas dificuldades... Implementar ideias novas, suprir algumas ausências no elenco, problemas de lesões. Temos que nos reinventarmos coletivamente e individualmente."

Gesto: "Respeito muito o Ituano. Conheço demais as pessoas que trabalham aqui. De maneira nenhuma, eu quis desrespeitar essas pessoas, torcedores e principalmente a instituição. Tinham três ou quatro pessoas no alambrado que eu conheço — são alguns desafetos que a vida e o futebol nos dá — e quando você está num estádio pequeno, eu ouço ofensas de cunho muito pessoal direcionados para meu filho e minha esposa. A gente tem um limite. Foi para extravasar. Foi uma resposta de 90 minutos para coisas muito pessoais e pesadas. O erro foi ter respondido, mas a gente tem um limite, então não me arrependo. Foi um desabafo."

Novorizontino: "É uma equipe que vem no mesmo padrão de jogo, é sólida, competitiva. Mas agora é outra competição. É um 'mata', não 'mata-mata'. Estaremos dentro da nossa casa, e não podemos errar como erramos até o momento, mas temos coisas boas a serem repetidas, que estamos acertando neste início de temporada. Respeitamos o Novorizontino, mas agora é outro cenário."

Mata-mata: "O 'mata' não é um problema. Enfrentamos isso na final da Supercopa e nos saímos muito bem. O Paulistão é uma competição que eu conheço bem e já passei por isso em diversas outras oportunidades. Pretendo passar o que eu conheço adiante."

Lesão de Calleri: "O Calleri sentiu um estalo no joelho e vai passar por um exame amanhã de manhã. Vamos esperar."

Gol de empate do Ituano: "Naquele momento passou um filme na cabeça. Pensei o que podíamos fazer para tentar agredir um pouco mais no final e tentar buscar uma vitória. É um balde de água fria. Mas vi a indignação dos atletas, todo mundo bateu palma, incentivou. Isso me deixou muito feliz com o que é o grupo do São Paulo. Acho que tenho conseguido passar isso diariamente. Nem sempre vamos resolver individualmente, vamos ter que sofrer um pouquinho e se superar. Ao longo da temporada, isso vai acontecer mais vezes. A questão é que não é o momento adverso, é como a gente passa por ele."

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