Brasileirão Feminino: por que o Ceará abdicou de disputar a Série A2
O Ceará abriu mão da disputa da Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino e não terá um elenco na modalidade em 2024. O motivo da desistência é o foco para que o time masculino volta à Série A do Brasileirão.
O que aconteceu
O Ceará anunciou o fim do projeto na semana do Dia Internacional da Mulher. As jogadoras ficaram sabendo da notícia por meio da imprensa. Por estar na Série B no masculino, o clube não é obrigado a disputar a competição.
A volta do investimento está condicionada ao acesso dos homens. O clube prometeu incrementar a receita ao futebol feminino se estiver na Série A ano que vem.
O clube manteve apenas as categorias Sub-15 e Sub-17. Para 2024, o orçamento do clube é de R$ 149 milhões no total, mas somente R$ 1,5 milhão para o feminino. No Campeonato Cearense, o clube vai mandar o sub-17. Para voltar ao Brasileirão em 2025, o Ceará precisa participar e garantir a classificação pelo Estadual.
A Série A1 do Brasileirão começa hoje (15). A A2 tem início em 13 de abril e termina no dia 20 de julho.
Glórias e lamentos
O Vozão teve dois anos de altos e baixos. Em 2022, o time foi campeão da Série A2 e conquistou o acesso à elite do futebol feminino do país. Em 2023, o time feminino do Alvinegro foi campeão cearense ao superar o rival Fortaleza na Arena Castelão.
Enquanto o feminino comemorava, o masculino lamentava. Mas quem levou a pior foram as mulheres. Em 2022 aconteceu o rebaixamento dos homens no Brasileirão e, por isso, a diretoria reduziu o investimento das alvinegras.
O time feminino só foi a campo no Brasileiro para evitar punições. O Ceará ficaria dois anos sem jogar competições chanceladas pela CBF e precisaria ser campeão cearense em 2025 para entrar na Série A3.
O Ceará sofreu 74 gols em 15 jogos e conquistou apenas um ponto no Brasileiro. O time sofreu 24 gols nos dois primeiros jogos (contra Flamengo, pela Supercopa Feminina, e Corinthians, pela Série A1 do Brasileiro).