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Caso Daniel: Brittes pega 42 anos de prisão pelo assassinato do jogador

Do UOL, em São Paulo

20/03/2024 21h09

Edison Luiz Brittes Júnior, principal acusado pelo assassinato do jogador Daniel, que passou por São Paulo e Botafogo, foi condenado a 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão. Ele também foi condenado a 2 anos e 5 meses de detenção, mas esta pena pode ser cumprida em regime aberto. A história do crime foi contada na segunda temporada da série Futebol Bandido, do UOL.

O que aconteceu

A esposa e a filha de Edison Brittes também foram condenadas. Cristiana Brittes, esposa de Edison, foi condenada a 6 meses de prisão e 1 ano de reclusão [em regime aberto], e Allana, a 6 anos, 5 meses e 6 dias de prisão [regime fechado].

Edison foi condenado por cinco crimes. Foram eles: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual; corrupção de menores e coação ao curso do processo. Cristiana foi condenada por fraude processual e corrupção de menores, enquanto Allana, por fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo.

Outras quatro pessoas acusadas pelo crime foram absolvidas. David Willian Vollero Silva, Ygor King, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Evellyn Brisola Perusso não foram condenados pelo caso.

A defesa da família Brittes afirmou em nota oficial que vai recorrer das sentenças. "A defesa da família Brittes informa que vai recorrer, com a finalidade de anular o júri, diante diversas nulidades ocorridas no curso do julgamento e, alternativamente, para revisão do cálculo da pena aplicada ao acusado Édison Brittes".

A defesa da família de Daniel se disse satisfeita com a decisão do júri. "A Assistência de Acusação está satisfeita com o resultado do júri. Foi feito justiça", disse Nilton Ribeiro, advogado que defendeu a família de Daniel, ao UOL.

O julgamento durou três dias e foi realizado no Fórum de São José dos Pinhais. A sentença foi lida hoje (20) após a votação do Conselho de Sentença.

Daniel, ex-jogador do São Paulo, foi assassinado na região metropolitana de Curitiba Imagem: Divulgacao/saopaulosp.net

O crime

Daniel, que tinha 24 anos quando foi assassinado, foi encontrado morto em São José dos Pinhais, no Paraná, no dia 27 de outubro de 2018. Ele jogava pelo São Bento (SP) na época do crime.

O jogador estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado. A informação foi divulgada pela polícia.

O crime aconteceu durante a comemoração do aniversário de 18 anos de Allana, filha de Edison e Cristiana. Eles foram à uma casa noturna na noite do dia 26 de outubro e, depois, já no dia 27, foram para a casa da família.

Edison alegou à polícia que Daniel tentou estuprar sua esposa. Antes de ser assassinado, o jogador compartilhou uma foto deitado ao lado de Cristiana pelas redes sociais com amigos.

Em seu depoimento à polícia, Edison disse que matou Daniel "sob forte emoção". No inquérito do caso, a Polícia Civil concluiu que não houve tentativa de estupro por parte do jogador.

Carreira de Daniel

Daniel foi criado na base do Cruzeiro, mas ganhou destaque atuando pelo Botafogo. O meio-campista chegou ao São Paulo em 2015, mas não conseguiu sequência e passou por empréstimos consecutivos a partir de 2017.

O jogador defendeu Coritiba e Ponte Preta, ambos por empréstimo, até ser cedido para o São Bento, em 2018.

Podcast "Caso Daniel"

A história do assassinato do ex-jogador do São Paulo Daniel Corrêa foi contada pelos repórteres Adriano Wilkson e Karla Torralba na segunda temporada do podcast "UOL Esporte Histórias". Você pode ouvir a temporada "Caso Daniel" no UOL (links abaixo), no Spotify, na Apple Podcasts e no Youtube. Confira abaixo os episódios e assista a um resumo do conteúdo do podcast:

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