O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, hoje (21), o pedido de habeas corpus da defesa de Robinho para evitar a prisão do ex-jogador.
O que aconteceu
"Indefiro o pedido de liminar, ficando mantida a determinação de prisão do paciente para início do cumprimento da pena", escreveu Fux na decisão.
O pedido foi enviado pela defesa do ex-jogador horas depois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar o pedido para que ele cumpra a pena no Brasil. Ele foi condenado a 9 anos de prisão em todas as instâncias na Itália, mas não foi preso no país europeu por já estar no Brasil.
A prisão do ex-jogador foi realizada na noite de hoje (21). Ele foi detido em sua casa na cidade de Santos e levado para a sede da Polícia Federal no município.
Ainda ontem (20), José Eduardo Alckmin, advogado de Robinho, disse que ele não iria se opor à prisão caso um oficial de Justiça aparecesse em sua casa para executar a ordem.
O caso
Robinho e mais cinco amigos foram denunciados por estupro por uma mulher albanesa. O caso aconteceu no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Até hoje, apenas ele e Ricardo Falco foram condenados.
Os outros quatro amigos de Robinho não foram condenados. Como todos já haviam deixado a Itália durante as investigações, eles não foram localizados pela Justiça para serem notificados para a audiência preliminar que aconteceu em 31 de março de 2016. Assim, o juiz resolveu separar os casos
Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual. Ele reforçou o discurso em 2020, em entrevista ao UOL.
Ainda em 2020, quando já havia sido condenado em primeira instância, ele acertou seu retorno ao Santos. O Peixe, no entanto, suspendeu o contrato com o atacante dias depois por causa da pressão da torcida e da imprensa pelo caso.
Em 2022, Robinho foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão. Entretanto, ele nunca foi preso por já estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Sendo assim, a Itália pediu para que o Brasil julgasse a possibilidade de o ex-jogador cumprir a pena em solo brasileiro.
O Ministério Público Federal se manifestou a favor da prisão de Robinho. O vice-procurador geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, mencionou as gravações feitas pela Justiça italiana que levaram à condenação de Robinho. Essas gravações foram publicadas pela primeira vez no podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho.
Mais sobre o caso
O podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho trouxe áudios inéditos usados pela Justiça italiana para condenar Robinho e Ricardo Falco pelo estupro.
Ouça todos os episódios de UOL Esporte Histórias - Os grampos de Robinho
Você pode ouvir todos os episódios nos links abaixo.
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