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Justiça Federal de Santos expede mandado de prisão para Robinho

Do UOL, em São Paulo

21/03/2024 18h03Atualizada em 21/03/2024 21h05

A Justiça Federal de Santos expediu na tarde de hoje (21) o mandado de prisão do ex-jogador Robinho.

O que aconteceu

Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, enviou hoje o ofício para a Justiça Federal de Santos executar a prisão de Robinho. O ex-jogador foi condenado em todas as instâncias na Itália a 9 anos de prisão por estupro coletivo.

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O ofício foi recebido pela Justiça Federal de Santos, que é responsável pela execução.

O ex-jogador foi preso ainda na noite de hoje (21). Ele foi detido em sua casa, na cidade de Santos, e conduzido à sede da Polícia Federal no município.

Em sessão realizada ontem (20), o STJ decidiu acatar o pedido da Justiça italiana. No total, 11 ministros votaram, e o placar ficou 9 a 2 pela homologação da sentença estrangeira.

A maioria também se formou para que a prisão fosse feita de maneira imediata. A defesa de Robinho, inclusive, pediu habeas corpus para o STF para que o ex-jogador permaneça em liberdade — o ministro Luiz Fux foi sorteado como o relator e negou o pedido.

José Eduardo Alckmin, advogado de Robinho, afirmou ontem que o ex-jogador não iria se opor à prisão caso um oficial de Justiça aparecesse em sua casa para cumprir a ordem.

A presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, assinou nesta quinta-feira (21) ofício direcionado à Justiça Federal de Santos (SP) informando sobre a decisão da Corte Especial que homologou a sentença contra o jogador Robinho, com determinação de imediato início da execução da pena. STJ, em nota enviada ao UOL

O caso

Robinho e mais cinco amigos foram denunciados por estupro por uma mulher albanesa. O caso aconteceu no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Até hoje, apenas ele e Ricardo Falco foram condenados.

Os outros quatro amigos de Robinho não foram condenados. Como todos já haviam deixado a Itália durante as investigações, eles não foram localizados pela Justiça para serem notificados para a audiência preliminar que aconteceu em 31 de março de 2016. Assim, o juiz resolveu separar os casos

Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual. Ele reforçou o discurso em 2020, em entrevista ao UOL.

Ainda em 2020, quando já havia sido condenado em primeira instância, ele acertou seu retorno ao Santos. O Peixe, no entanto, suspendeu o contrato com o atacante dias depois por causa da pressão da torcida e da imprensa pelo caso.

Em 2022, Robinho foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão. Entretanto, ele nunca foi preso por já estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Sendo assim, a Itália pediu para que o Brasil julgasse a possibilidade de o ex-jogador cumprir a pena em solo brasileiro.

O Ministério Público Federal se manifestou a favor da prisão de Robinho. O vice-procurador geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, mencionou as gravações feitas pela Justiça italiana que levaram à condenação de Robinho. Essas gravações foram publicadas pela primeira vez no podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho.

Mais sobre o caso

O podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho trouxe áudios inéditos usados pela Justiça italiana para condenar Robinho e Ricardo Falco pelo estupro.

Ouça todos os episódios de UOL Esporte Histórias - Os grampos de Robinho

Você pode ouvir todos os episódios nos links abaixo.

O UOL Esporte Histórias também está disponível no YouTube do UOL Esporte, no Spotify, na Apple Podcasts e em todas as plataformas de podcast.

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