Robinho foi preso pela Polícia Federal na noite de ontem (21) após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) homologar o pedido da Justiça italiana para que o ex-jogador cumpra a pena de 9 anos de prisão no Brasil. Ele foi condenado por estupro cometido em 2013.
O que aconteceu
A prisão foi realizada na casa do ex-jogador, em Santos. A ida da polícia à residência de Robinho aconteceu um dia após o STJ decidir que o ex-atleta deve cumprir a pena no Brasil.
O ex-jogador passou por exame de corpo de delito e por uma audiência de custódia. Após este passo, Robinho foi transferido para a Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo.
O ofício para a execução da pena foi enviado para a Justiça Federal de Santos hoje (21) e encaminhado à Polícia Federal. Ele foi assinado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ.
Veja nota da Polícia Federal
A Polícia Federal, na noite desta quinta-feira, 21/3, cumpriu mandado de prisão, emitido pela 5ª vara Federal de Santos, em desfavor de Robson de Souza.
O preso passará por exame no IML, por audiência de custódia e será encaminhado ao sistema prisional.
STJ decide pela prisão de Robinho no Brasil
Em sessão do STJ realizada ontem, nove dos 11 ministros presentes votaram a favor da homologação do pedido vindo da Itália. Apenas dois deles votaram contra.
O STJ também decidiu que a execução da pena fosse imediata. A defesa de Robinho pediu um habeas corpus ao STF, mas ele foi negado pelo ministro Luiz Fux, sorteado para ser o relator.
O caso
Robinho e mais cinco amigos foram denunciados por estupro por uma mulher albanesa. O caso aconteceu no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Até hoje, apenas ele e Ricardo Falco foram condenados.
Os outros quatro amigos de Robinho não foram condenados. Como todos já haviam deixado a Itália durante as investigações, eles não foram localizados pela Justiça para serem notificados para a audiência preliminar que aconteceu em 31 de março de 2016. Assim, o juiz resolveu separar os casos
Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual. Ele reforçou o discurso em 2020, em entrevista ao UOL.
Ainda em 2020, quando já havia sido condenado em primeira instância, ele acertou seu retorno ao Santos. O Peixe, no entanto, suspendeu o contrato com o atacante dias depois por causa da pressão da torcida e da imprensa pelo caso.
Em 2022, Robinho foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão. Entretanto, ele nunca foi preso por já estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Sendo assim, a Itália pediu para que o Brasil julgasse a possibilidade de o ex-jogador cumprir a pena em solo brasileiro.
O Ministério Público Federal se manifestou a favor da prisão de Robinho. O vice-procurador geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, mencionou as gravações feitas pela Justiça italiana que levaram à condenação de Robinho. Essas gravações foram publicadas pela primeira vez no podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho.
Mais sobre o caso
O podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho trouxe áudios inéditos usados pela Justiça italiana para condenar Robinho e Ricardo Falco pelo estupro.
Ouça todos os episódios de UOL Esporte Histórias - Os grampos de Robinho
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