Cinco anos após o assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas, a Justiça condenou Edison Brittes, o Juninho, a 42 anos, 5 meses e 25 dias de detenção. Allana Brittes, por sua vez, pegou a 6 anos, 5 meses e 6 dias de prisão. A advogada de defesa Thaise Mattar Assad afirmou que irá recorrer. A história do crime foi contada na segunda temporada da série Futebol Bandido, do UOL.
O que aconteceu
A defesa entende que a pena aplicada a Edison Brittes é exagerada, enquanto a de Allana seria ilegal. Os advogados entendem que a ré deve ser libertada.
Nós entendemos que a pena aplicada para Edison Brittes é uma pena totalmente exarcebada e que certamente será reformada pelo Tribunal de Justiça do Paraná
A prisão da Allana, que ocorreu em Plenário, é uma prisão que decorre do entendimento do juiz de primeiro grau, de que as condenações pelo Tribunal do Júri façam com que o cumprimento da pena se inicie imediatamente. Esse é um entendimento isolado. Os tribunais superiores entendem o contrário. Acredito que em breve a Allana será colocada em liberdade
Thaise Mattar Assad
O crime
Daniel foi encontrado morto em São José dos Pinhais, no Paraná, no dia 27 de outubro de 2018. Ele jogava pelo São Bento (SP) na época do crime.
O jogador estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado. A informação foi divulgada pela polícia.
O crime aconteceu durante a comemoração do aniversário de 18 anos de Allana, filha de Edison e Cristiana Brittes. Eles foram em uma casa noturna na noite do dia 26 de outubro e, depois, já no dia 27, foram para a residência da família.
Edison alegou à polícia que Daniel tentou estuprar sua esposa. Antes de ser assassinado, o jogador compartilhou uma foto deitado ao lado de Cristiana pelas redes sociais com amigos.
Em seu depoimento à polícia, Edison disse que matou Daniel "sob forte emoção". No inquérito do caso, a Polícia Civil concluiu que não houve tentativa de estupro por parte do jogador.
Outros réus
Cristiana Rodrigues Brittes foi absolvida das acusações de homicídio qualificado e coação no curso do processo. Mesmo assim, ela foi condenada a seis meses de detenção e mais um ano de prisão, em regime aberto, pelos crimes de fraude processual e corrupção de menores.
Os réus David Willian Vollero Silva, Ygor King e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva foram absolvidos das acusações de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. A ré Evellyn Brisola Perusso também foi absolvida da acusação de fraude processual.
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A história do assassinato do ex-jogador do São Paulo Daniel Corrêa foi contada pelos repórteres Adriano Wilkson e Karla Torralba na segunda temporada do podcast "UOL Esporte Histórias". Você pode ouvir a temporada "Caso Daniel" no UOL (links abaixo), no Spotify, na Apple Podcasts e no Youtube. Confira abaixo os episódios e assista a um resumo do conteúdo do podcast:
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