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Caso Daniel: Justiça aceita liminar e determina soltura de Allana Brittes

Patrícia Caldeirón

Colabolaração para o UOL, em Fortaleza

22/03/2024 18h35

O TJPR (Tribunal de Justiça do Estado do Paraná) aceitou o pedido de habeas corpus e determinou a soltura imediata de Allana Brittes. Ela foi condenada pelos crimes de fraude processual, coação no curso do processo e corrupção de menores envolvendo o assassinato do jogador Daniel, cuja história foi contada na segunda temporada da série Futebol Bandido, do UOL.

O que aconteceu

A Justiça do Paraná acolheu a liminar feita pelos advogados de Allana, que responderá em liberdade. Mais cedo, o habeas corpus havia sido negado no plantão judiciário, mas a desembargadora Lidia Maejima, relatora do caso, resolveu conceder o pedido de reconsideração da defesa.

O pedido que a gente havia feito antes tinha ido para o plantão judiciário e a magistrada substituta em segundo grau negou. Nós fizemos um pedido de reconsideração. O Habeas Corpus foi para a relatora, que é a desembargadora Lídia, e ela reconsiderou a situação e resolveu conceder.
Thaise Mattar Assad, advogada de defesa

Allana foi condenada a 6 anos, 5 meses e 6 dias de reclusão e também a 9 meses e 10 dias de detenção. A pena, inicialmente, era para ser cumprida em regime fechado.

Familiares dela também foram condenados no caso envolvendo o ex-jogador, que passou por São Paulo e Botafogo. Edison Luiz Brittes Júnior, pai de Allana, recebeu 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão pelo assassinato de Daniel. Já a mãe dela, Cristiana Brittes, foi condenada a 6 meses de prisão e 1 ano de reclusão em regime aberto.

O julgamento durou três dias e foi realizado no Fórum de São José dos Pinhais. A sentença foi lida na última quarta-feira (20) após a votação do Conselho de Sentença.

O crime

Daniel foi encontrado morto em São José dos Pinhais, no Paraná, no dia 27 de outubro de 2018. Ele jogava pelo São Bento (SP) na época do crime.

O jogador estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado. A informação foi divulgada pela polícia.

O crime aconteceu durante a comemoração do aniversário de 18 anos de Allana, filha de Edison e Cristiana Brittes. Eles foram em uma casa noturna na noite do dia 26 de outubro e, depois, já no dia 27, foram para a residência da família.

Edison alegou à polícia que Daniel tentou estuprar sua esposa. Antes de ser assassinado, o jogador compartilhou uma foto deitado ao lado de Cristiana pelas redes sociais com amigos.

Em seu depoimento à polícia, Edison disse que matou Daniel "sob forte emoção". No inquérito do caso, a Polícia Civil concluiu que não houve tentativa de estupro por parte do jogador.

Daniel, ex-jogador do São Paulo, foi assassinado na região metropolitana de Curitiba Imagem: Divulgacao/saopaulosp.net

Outros réus

Cristiana Rodrigues Brittes foi absolvida das acusações de homicídio qualificado e coação no curso do processo. Mesmo assim, ela foi condenada a seis meses de detenção e mais um ano de prisão, em regime aberto, pelos crimes de fraude processual e corrupção de menores.

Os réus David Willian Vollero Silva, Ygor King e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva foram absolvidos das acusações de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. A ré Evellyn Brisola Perusso também foi absolvida da acusação de fraude processual.

Podcast "Caso Daniel"

A história do assassinato do ex-jogador do São Paulo Daniel Corrêa foi contada pelos repórteres Adriano Wilkson e Karla Torralba na segunda temporada do podcast "UOL Esporte Histórias". Você pode ouvir a temporada "Caso Daniel" no UOL (links abaixo), no Spotify, na Apple Podcasts e no Youtube. Confira abaixo os episódios e assista a um resumo do conteúdo do podcast:

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