Flamengo tem 3 modelos econômicos para construção do estádio; entenda

O Flamengo se mexe nos bastidores para construir seu estádio próprio e trabalha com três possibilidades de modelo econômico para viabilizar a obra. Foi o que revelou o colunista Rodrigo Mattos no quadro "Finanças do Esporte", no De Primeira.

As três hipóteses são: 1) criar uma SAF do Flamengo e vender percentual minoritário; 2) criar uma empresa com fins específicos; 3) financiar com dinheiro do caixa do clube. Segundo Mattos, a segunda opção é que a tem mais chance de sair do papel na Gávea.

O terreno do Gasômetro, no centro do Rio de Janeiro, que está sob gestão da Caixa, custaria de R$ 200 a R$ 500 milhões. A Caixa joga o preço para cima, e o Flamengo joga para baixo. Não tem projeto arquitetônico ainda, não tem maquete pronta, mas a ideia é um estádio para 75 mil pessoas. Isso tanto para a estratégia do clube, quanto para o tamanho do terreno.

Como você vai construir um estádio para 75 mil pessoas tendo que pagar um terreno que vai custar entre R$ 200 e R$ 500 milhões? Se não for esse terreno, tem outras alternativas, mas se tiver um acerto com a Caixa, há três possibilidades. Rodrigo Mattos

As três hipóteses do Flamengo

1) Criar uma SAF do clube e vender um percentual minoritário para pagar o estádio.

O presidente Rodolfo Landim quer criar uma SAF do Flamengo, que venderia algo como 25% das ações do clube e pegaria esse dinheiro para financiar a construção do estádio. Hoje, o Flamengo valeria em torno de R$ 5 bilhões, então daria algo entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, que serviria para construção do estádio. Essa ideia tem fortíssima resistência dentro do clube.

2) Criar uma empresa só para construção do estádio e arrumar parceiros comerciais para levantar recursos.

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O segundo modelo é criar uma empresa, uma SPE, Sociedade de Propósito Específico, para gerir o negócio do estádio. Aí você pode ter parceiros eventuais. O modelo do Palmeiras, por exemplo, está completamente descartado. Não vai ter um parceiro para construir e explorar todo o estádio, isso não vai acontecer, o que pode acontecer são parcerias pontuais, cedendo determinados ativos, mas com controle do Flamengo.

3) Usar a geração de caixa do clube para investir na construção do estádio com empréstimos.

A terceira possibilidade é o uso do próprio caixa do Flamengo, que gera entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões por ano. Esse dinheiro poderia ser usado para financiar uma dívida e o Flamengo se endividar para pagar a casa própria. Essa ideia, na atual diretoria, não é popular. Eles não querem deixar uma dívida de longo prazo para o clube. Hoje, a segunda opção é a que tem mais chance de acontecer dentro do Flamengo. Rodrigo Mattos

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