Condenado a nove anos de prisão por um estupro cometido na Itália, Robinho pode progredir para o regime semiaberto quando cumprir 40% da sua pena, ou seja, pouco mais de 3 anos e 7 meses.
Como funciona a progressão hoje em dia?
Desde a Lei nº 11.464/2007, os condenados por crime hediondo podem ir para o semiaberto após cumprir 2/5 — ou 40% — da pena, caso sejam réus primários. Esse é o caso de Robinho.
Já réus primários condenados por crime hediondo que resulta em morte devem cumprir 50%. E quem é reincidente na prática de crime hediondo deve pagar 60% da pena.
Toda progressão de regime está condicionada ao bom comportamento do preso, que deve ser atestada pela direção da unidade prisional. A progressão de regime consta no artigo 112 da Lei N° 7.210. Em 2019, o pacote anticrime aprovou mudanças na regra de progressão, que não se aplicam o caso de Robinho.
O crime de Robinho
Robinho e mais cinco amigos foram denunciados por estupro por uma mulher albanesa, na Itália. O caso aconteceu no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão.
Até hoje, apenas ele e Ricardo Falco foram condenados. Como todos já haviam deixado a Itália durante as investigações, eles não foram localizados pela Justiça para a audiência preliminar que aconteceu em 31 de março de 2016. Assim, o juiz resolveu separar os casos.
Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual. Ele reforçou o discurso em 2020, em entrevista ao UOL.
Em 2022, Robinho foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão. Entretanto, ele nunca foi preso por já estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Sendo assim, a Itália pediu para que o Brasil julgasse a possibilidade de o ex-jogador cumprir a pena em solo brasileiro.
O Ministério Público Federal se manifestou a favor da prisão de Robinho. O vice-procurador geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, mencionou as gravações feitas pela Justiça italiana que levaram à condenação de Robinho.
Essas gravações foram publicadas pela primeira vez no podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho. Confira aqui.
Errata:
o conteúdo foi alterado
- Ao contrário do informado anteriormente, o pacote anticrime criado durante o governo Bolsonaro não dificultou a progressão de pena no caso de Robinho.
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