Final entre EUA e México é interrompida por ofensas homofóbicas
O duelo entre Estados Unidos e México, ontem (24), valendo o título da Liga das Nações da Concacaf, foi interrompido duas vezes por conta de gritos homofóbicos da torcida mexicana contra o goleiro Matt Turner, dos EUA. A partida foi disputada no AT&T Stadium, no Texas (EUA).
O que aconteceu
Ofensas homofóbicas começaram na reta final do segundo tempo. Com o México perdendo, os torcedores começaram a gritar "puto" a cada cobrança de tiro de meta dos EUA. Em espanhol, a palavra é usada pejorativamente para se referir a homossexuais.
Seguindo o protocolo da Fifa, a partida foi interrompida pelo árbitro canadense Drew Fischer. Auxiliado por alertas nos telões e sistema de som do estádio, ele se dirigiu aos torcedores, pedindo que parassem com as ofensas.
Os gritos continuaram e a partida foi paralisada por alguns minutos nos acréscimos. Em um segundo momento, seguindo o protocolo, o jogo foi paralisado por cerca de cinco minutos, e os torcedores, que também xingaram Ochoa, goleiro do México, foram novamente advertidos.
Partida poderia ser encerrada pelo árbitro. Se os gritos continuassem, o terceiro passo recomendado pelo protocolo seria encerrar a partida.
A organização da partida expulsou torcedores que foram identificados. A Concacaf lamentou o episódio e reforçou a campanha "O que é errado, é errado", lançada em 2021 pela entidade que controla o futebol nas Américas do Norte e Central.
Dentro de campo, os EUA venceram por 2 a 0 e conquistaram o tricampeonato. Na terceira edição do torneio, os norte-americanos mantiveram a hegemonia.
EUA e México disputarão a Copa América. A Liga das Nações da Concacaf definiu os representantes da Concacaf que disputarão a Copa América, nos EUA. Além dos finalistas, Canadá, Jamaica, Panamá e Costa Rica se juntam aos países da Conmebol no torneio. A Costa Rica está no Grupo D, que tem o Brasil como cabeça de chave, além de Paraguai e Colômbia.
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