Bernabéu aplaude Vini, conhece Endrick e grita "olé" para joia do Barcelona
No dia em que foi capitão da seleção brasileira pela primeira vez, Vini Jr. foi aplaudido mesmo sem brilhar. Na casa do Real Madrid, o camisa 7 da seleção brasileira era ao nome do jogo antes de a bola rolar.
Bandeiras, gritos de apoio e aplausos na hora do anúncio da escalação mostravam que o Santiago Bernabéu não seria um palco hostil. "Estou com Vini, ele tem que jogar sempre sorrindo", disse um torcedor espanhol na entrada do estádio.
Mas, em campo, Vini sorriu pouco. Muito acionado pelos companheiros, ele teve ao menos duas boas chances de marcar, uma em cada tempo. Perdeu ambas, falhou em lances que costuma acertar, pareceu desconectado e nervoso. Ainda assim, quando saiu de campo, aos 26 minutos do segundo tempo, foi celebrado. Houve quem aplaudisse de pé.
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Vini não foi o único a receber as palmas do Bernabéu. No dia de homenagem ao seu craque do presente, a torcida do Real Madrid — maioria no estádio — também conheceu sua estrela do futuro. Endrick entrou sob aplausos no início da segunda etapa.
Quando marcou o segundo gol brasileiro, o estádio não vaiou; mas muita gente não aplaudiu. Em breve, os madridistas esperam celebrar os gols do atacante do Palmeiras com a camisa branca.
Era uma noite de sensações conflituosas para o torcedor no Bernabéu: aplaudir Vini no adversário e sofrer com um gol de Endrick já tornaram a noite um tanto estranha. Para completar, os espanhóis tiveram que se render a um craque do maior rival.
Lamine Yamal, 16 anos, foi o destaque do jogo. Driblou Wendell, Beraldo, fez o torcedor brasileiro sofrer e, mesmo se jogando, sofreu o pênalti que Rodri cobrou para abrir o placar.
Em uma sequência de dribles na lateral, o Bernabéu esqueceu das cores que Lamine veste quando não está com a seleção. Era o estádio do Real Madrid aplaudindo e gritando "olé!" para um jogador do Barcelona. Lamine Yamal, um negro, filho de imigrantes africanos.