Pedrinho vê relação com a 777 como fria no Vasco: 'Me causa estranheza'
Presidente do Vasco associativo, Pedrinho classificou sua relação com a SAF - comanda pela 777 Partners — como "fria".
"Com relação a SAF, também me causa estranheza. É um exercício que temos que fazer: quando eu era comunicador, sou procurado pela SAF e recebo um convite para exercer um cargo muito importante, remunerado, na questão esportiva. Partindo desse princípio, quando me lanço candidato e sou eleito, num raciocínio óbvio, já que além de presidente sou sócio, é que tivéssemos uma relação próxima, porque não posso, em três meses, ter esquecido algum conteúdo, principalmente direcionado a futebol. Que fique claro: por mais que eu seja um sócio minoritário, não posso obrigar ninguém a nada. Não posso botar uma arma na cabeça de alguém e querer participar do planejamento. Estou incomodado pois poderia tentar construir algo interessante esportivo", declarou, complementando:
"E conversa, que fique claro, não é uma mensagem faltando 15 minutos para alguma coisa para comunicar. Uma relação esportiva parte de um planejamento, mas respeito completamente, apesar de não concordar. Não participei de pré-temporada, contratação, dispensas... Estou sempre disposto a ajudar o Vasco, não existe vaidade. Nunca tive a intenção de ter a última palavra. Nada disso. Zero vaidade. Esportivamente, acho que poderia colaborar. O que as pessoas têm que entender é que o Vasco está acima de todo mundo".
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Confidencialidade: "Não posso falar. Posso falar sobre a relação. Existe uma relação fria. Muito mais de registros, do que de interação. Mas Pedrinho, você não disse que seria proativo? Fui proativo. Dei minha opinião sobre o diretor executivo, dei minha opinião. Me pediram a liberação de um projeto que estava preso desde março, foi pedido numa quinta-feira de dezembro, e na sexta-feira, de manhã, já estava liberado R$ 4 milhões do projeto incentivado - três para a base e um para o feminino. Nunca vou colocar minha insatisfação na frente do Vasco".
Limitações contratuais: "Com relação ao contrato, eu não concordo com o contrato esportivo, que possui cláusulas de confidencialidade - onde o torcedor é o maior patrimônio e não tem acesso. Isso é uma opinião minha. Tenho limitações contratuais. Torcedor, quando eu vou falar do que eu posso, do paralímpico, falam que não querem saber disso. Mas eu quero saber. Porque temos 80 funcionários, tenho o basquete de base. Tenho futebol de salão. O Vasco é o clube da inclusão. Como não se importam com o associativo. Quando me comunico sobre esses assuntos, não querem saber. Querem que eu fale de futebol. E do futebol, eu não posso falar. Espero que entendam isso. Querer é uma coisa, poder é outra".
Reforços do Vasco em 2024: "Sobre contratações, eu não posso falar. Só se eu sair e virar comentarista de novo (risos). Mas respeito muito todos atletas que estão lá. Como tivemos uma relação mais fria com a SAF, procurei diretamente os sócios para ter um entendimento da sequência do Vasco esportivamente. Não sei (se isso causou um incômodo na SAF), você tem que perguntar para eles. Não era para causar. Não estou aqui para brigar. Meu compromisso é com o torcedor".
Sem proibições, mas...: "Mais angustiado que eu, ninguém está. Não há proibições (de ir ao CT, por exemplo). A questão do clube associativo, é que nossa receita é muito limitada. Nosso potencial é só do sócio-estatutário. Com relação ao CT, nunca fui proibido, mas nunca fui convidado. Só vou onde sou convidado. Um convite nunca aconteceu. Normal, mas não concordo. Não é uma lamentação, mas não é saudável para o Vasco. Nem sei quando tem reunião esportiva, não posso colocar um investigador atrás para saber quando vai ter também. Nunca me foi negado nada porque eu não sei. As reuniões que eu sei, são as que eu sou comunicado, as que têm participação de sócio. Falam que tenho que ir falar com os jogadores, mas nunca fui apresentado a eles".
Reforma de São Januário: "A questão da obra, estivemos com o prefeito Eduardo Paes, que está muito empenhado nisso. Estivemos também em uma reunião na Câmara dos Vereadores. Temos que respeitar todos os processos da Câmara, mas a gente pressiona o tempo inteiro para que esses processos sejam acelerados. Em paralelo, quando for assinado o potencial construtivo, temos conversas com algumas empresas interessadas em comprar o potencial construtivo. Também conversamos com algumas construtoras de obra, para que, assim que o potencial seja assinado, a gente consiga dentro de uma negociação vender o potencial construtivo. E nos melhores dos sonhos, isso não é uma promessa, é um desejo, que a gente consiga iniciar as obras no final do ano. Esse é o nosso desejo, nos empenhamos para isso quase 24 horas por dia para que aconteça, mas temos que respeitar os trâmites e burocracias para que aconteça".
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