'Não podemos nos calar', diz Leila sobre casos de Robinho e Daniel Alves
Do UOL, em São Paulo
28/03/2024 21h41
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, voltou a se posicionar sobre os casos de Daniel Alves e Robinho, condenados por estupro.
O que aconteceu
Leila disse que não fugiu de se pronunciar e frisou a necessidade de "colocar o dedo na ferida". Ela foi chefe da delegação do Brasil nesta Data Fifa e falou ao UOL sobre os casos dos dois ex-jogadores, que tiveram desfechos nos últimos dias.
A dirigente acrescentou que as mulheres não podem se calar. Ela também ponderou que as mulheres não podem se desencorajar, citando a Justiça ter autorizado o pagamento de fiança para Daniel Alves ser solto.
A presidente do Palmeiras ainda afirmou que a denúncia é a "grande arma" para combater esses casos. Por fim, Leila pediu coro para dar cada vez mais voz às mulheres. As declarações foram dadas em entrevista à CazéTV antes da semifinal do Paulistão, contra o Novorizontino, no Allianz Parque.
Foi exatamente quando eu estava lá [na seleção] que aconteceu todo esse assunto do Daniel Alves, e eu não fugi disso, não posso. Temos que colocar o dedo na ferida. Nós, mulheres, não podemos nos calar. Às vezes não depende só da Justiça, tanto é que foi a Justiça que autorizou o pagamento da fiança para que ele fosse solto. Isso não pode nos desencorajar de denunciar.
Nós temos uma força muito grande, e a imprensa também. Às vezes não se consegue Justiça por processos, mas sim pelo clamor popular, com as pessoas colocando para fora o que acontece. Esses abusadores, quem comete violência contra mulheres, gostam do anonimato, então a grande arma que nós temos é a denúncia. Não adianta só a Leila Pereira só falar, todas nós temos que ter voz, e nós temos. Leila Pereira, à CazéTV
O que mais Leila disse
Fora da curva no futebol: "Eu vou contra totalmente ao que estavam acostumados no futebol. Eu não fujo de assunto nenhum e muito menos de polêmica, eu trabalho com a verdade. Eu acho que a gente só vai melhorar o produto futebol no dia em que todos nós, dirigentes, formos verdadeiros. Isso é que o futebol precisa, voltar a ter credibilidade".