Sem mágoas: Diniz e Dorival mantêm amizade após troca de bastão na CBF

Dorival Júnior substituiu Fernando Diniz no comando da seleção brasileira, mas a amizade dos treinadores segue intacta.

O que aconteceu

Diniz se decepcionou com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, após sua demissão. A chateação, porém, não se estendeu ao substituto Dorival.

Fernando Diniz entende que foi corajoso ao aceitar conciliar Fluminense e seleção, mas Ednaldo não teve a mesma coragem para manter o trabalho depois de tropeços nas Eliminatórias.

Dorival foi o escolhido de Ednaldo e, desde, então, conversou com Diniz pelo Whatsapp algumas vezes. A rotina ainda impediu encontros presenciais.

Dorival Júnior e sua comissão chegam de manhã e saem à noite da CBF, enquanto Fernando Diniz também passa o dia no Flu e só chega no hotel onde mora para dormir.

O atual técnico da seleção pretende se reunir com Diniz em breve. O relato de ambos os lados é que a relação não sofreu nenhum impacto com os novos rumos da CBF.

Pé atrás

A forma como Fernando Diniz saiu da CBF fez Dorival se proteger. O técnico pediu "escudos" ao presidente Ednaldo Rodrigues.

No período de Diniz, a CBF tinha Rodrigues acumulando funções. O treinador do Fluminense precisou, entre outras coisas, decidir se cortava ou não Antony e Lucas Paquetá pelas investigações de agressão doméstica e apostas, respectivamente.

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Dorival exigiu mudanças e trouxe nomes de sua confiança: o diretor Rodrigo Caetano, o gerente Cicero Souza, o coordenador Juan e o supervisor Sérgio Dimas.

Com a diretoria reforçada, Ednaldo saiu dos holofotes e Dorival se sente mais seguro. Caetano toma as principais medidas.

A amizade entre Dorival Júnior e Fernando Diniz

Dorival virou fã de Diniz em 2016, quando o Santos sofreu muito para vencer o Audax na final do Campeonato Paulista.

O ex-técnico do Peixe, inclusive, mal comemorou o título, pois sentiu que o time precisou jogar na "retranca" para conseguir a taça.

Eles se aproximaram após o torneio e, em 2017, Diniz acompanhou vários treinamentos de Dorival no São Paulo.

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Apesar de visões de futebol às vezes diferentes, os profissionais se dão muito bem. Eles se enxergam como treinadores que privilegiam a ética.

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