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Goleiro que sofreu racismo agradece apoio de Vini Jr: 'Até a morte por ele'

O goleiro Sarr partiu para cima de torcedor após sofrer insulto racista Imagem: Reprodução/X/GradaBpro

Do UOL, em São Paulo

01/04/2024 23h37

O goleiro senegalês Cheikh Sarr agradeceu Vinicius Jr por tê-lo apoiado após sofrer racismo em um jogo na 3ª divisão da Espanha.

O que aconteceu

Sarr afirmou que vai "até a morte" por Vini Jr. O goleiro de 23 anos destacou sente orgulho da maneira como o atacante do Real Madrid se manifesta na luta contra o racismo.

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O senegalês disse ainda que o racismo acabaria se mais pessoas fossem como o jogador brasileiro. Ele destacou que Vini Jr não deve ficar sozinho nesta luta.

Vou até a morte por ele porque ele também viveu várias vezes [o racismo]. E quando ele estava vivendo, eu também dizia: 'Não é normal'. Basta de racismo, não tem lugar no esporte. Estou muito, muito orgulhoso dele, de sua maneira de se manifestar. Agradeço por ele nos apoiar e também lutar contra o racismo. Ele sozinho não consegue... Se todos os jogadores da nossa cor de pele fossem como ele, acredito que o racismo acabaria. Cheikh Sarr, à Cadena Cope

O caso

O goleiro senegalês do Rayo Majadahonda foi alvo de insulto racista no final de semana após tomar gol no jogo contra o Sestao River. O episódio correu na reta final da partida, depois de o time da casa assumir a frente no placar.

Sarr partiu para cima do torcedor que o ofendeu, e foi expulso. Um vídeo da transmissão mostra o momento que o goleiro entra na arquibancada para tirar satisfação, e é retirado por seus companheiros.

O jogo foi suspenso após o time do Rayo Majadahonda se retirar de campo e recusar voltar. Nas redes sociais, o clube afirmou que não retomaria a partida após o jogador "ter recebido insultos racistas inadmissíveis", condenando o ato.

A Federação Espanhola se pronunciou sobre o caso e reforçou seu compromisso na luta contra o racismo. Em nota, a entidade afirmou que a equipe de arbitragem não conseguiu escutar as ofensas por estarem longe no gramado e que o protocolo antirracismo não pôde ser colocado em prática porque o time visitante se recusou a seguir jogando.

A RFEF também rechaçou as ofensas racistas a Marcos Acunã, do Sevilla, na partida de mais cedo contra o Getafe. Após os casos do sábado, Vinicius Jr se manifestou e cobrou exposição dos racistas.

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