O dono da SAF Botafogo, John Textor, deu mais um passo na escalada de acusação — sem exibir provas — de manipulação para favorecer o Palmeiras no Brasileirão. Em comunicado divulgado hoje (1), ele disse que jogadores do São Paulo manipularam a partida que terminou em goleada por 5 a 0 para o time de Abel Ferreira, em 25 de outubro de 2023.
O que aconteceu
Textor afirmou que "segundo experts e inteligência artificial", a goleada do Palmeiras sobre o São Paulo foi manipulada por pelo menos cinco jogadores do São Paulo.
De acordo com o cartola, sete jogadores chegaram a exibir desvios anormais em situações chaves de gol. Mas cinco deles excederam os limites "que poderiam estabelecer clara e convincente evidência de manipulação".
Textor ponderou, no entanto, que isso não sugere que qualquer clube tenha sido responsável pela manipulação, além dos jogadores específicos.
O dirigente do Botafogo, no entanto, não citou os nomes dos jogadores que acusa e nem quais foram os lances específicos.
Textor ainda disse que o relatório sobre a suposta manipulação em Palmeiras 5 x 0 São Paulo foi apresentado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no final de 2023, mas o órgão decidiu não investigar, segundo o dirigente.
O que diz o São Paulo
O São Paulo Futebol Clube tomou conhecimento e repudia veementemente as graves e infundadas acusações de participação de atletas do elenco tricolor em manipulação de resultado feitas pelo dono da SAF Botafogo. Tal afirmação sem nenhum vestígio de prova ataca a idoneidade de jogadores do elenco profissional masculino e a lisura da instituição São Paulo FC em seus 94 anos de história. O clube já acionou seu departamento jurídico, que estudará e tomará as medidas cabíveis na esfera legal.
Outro jogo
Textor afirma ainda que tem provas, mesmo sem mostrar, de manipulação em outra goleada do Palmeiras, mas no Brasileirão 2022, contra o Fortaleza.
Ele diz que a CBF recebeu notificação em dois e-mails distintos na tarde de 16 de maio de 2023, alertando a respeito da suposta manipulação.
Textor pontuou ainda que "segundo experts e inteligência artificial", pelo menos quatro jogadores do Fortaleza manipularam o jogo.
"As evidências devem ser apresentadas para procuradores constitucionalmente constituídos e investigadores governamentais. Eu não tenho intenção de colocar os acusados em perigo antes de poderem agir para se defender e se proteger", disse Textor.
Textor na mira da Justiça
As acusações sem provas concretas de Textor já geraram contra ele um processo no STJD.
Além disso, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, processa o dirigente da SAF alvinegra por calúnia, em decorrência de declarações na reta final do Brasileirão.
O Palmeiras também articula uma ação contra Textor na Justiça comum por causa da série de acusações de favorecimento ao clube nas conquistas recentes.
Textor alega que só mostrará as supostas provas às autoridades brasileiras.
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