Em entrevista ao UOL, Clayton Florêncio dos Santos, o Claytinho, disse que gostaria de ser ouvido pelas autoridades brasileiras sobre o que sabe do encontro entre os amigos de Robinho e a jovem albanesa que os denunciou por estupro.
"Eu gostaria muito que as autoridades brasileiras olhassem com carinho para esse caso, convocassem todos", afirmou.
Claytinho é dos quatro brasileiros que foram denunciados por estupro pelo Ministério Público da Itália, mas nunca foram julgados por não terem sido encontrados pelos italianos.
Robinho e Ricardo Falco foram condenados a nove anos de prisão em todas as instâncias da Justiça italiana. O ex-jogador teve a pena confirmada pelo STJ e está preso em Tremembé, no interior de São Paulo. Falco aguarda a Justiça decidir se ele também deve cumprir a pena no Brasil.
A conversa com Claytinho, na qual ele descreve os detalhes daquela noite e conta a sua versão da história, é o ponto de partida do sétimo episódio do podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho, que pode ser ouvido no player acima. Ele também está disponível nas principais plataformas digitais. Você pode ouvir os episódios anteriores no UOL Esporte.
Claytinho também disse que teme ser preso caso o processo contra ele seja reaberto. Mas ele diz que não vai esperar ser preso para contar o que sabe. "Eu vou deixar a Justiça me prender sem eu me defender?"
Leia um trecho da entrevista:
Claytinho: Adriano, quantas vezes você me ligou, quantas vezes a gente tentou se falar e eu não podia falar? Esse silêncio me incomodava, esse silêncio me incomoda. Tu pode ter certeza, tem pessoas que falam: 'Não, não é pra falar nada'. Cara, eu vou deixar o quê? Vou deixar a Justiça me prender sem eu me defender?
UOL: Você acha que isso pode acontecer?
Porra, claro que sim, claro que sim. Mas, antes que me prendam, que saibam a verdade. Aí vai das autoridades: 'Porra, vamos deixar ele lá ou não, o cara tá falando a verdade ou não? Opa, vamos investigar isso direito'. Infelizmente o Robinho não é o Clayton, porque se o Robinho fosse o Clayton, se o Clayton fosse o Robinho, eu já teria, desde o início, procurado a imprensa: 'Ó, fulana, tá aqui'. E até armava pra ir pra grade quem faz isso com o ser humano. Porque ela destruiu a vida de todo mundo, ela destruiu a carreira do Robinho.
O que é que você espera com essa entrevista? O que é que você acha que essa entrevista pode trazer de bom para você e para o Robinho?
Ah, eu gostaria muito que as autoridades brasileiras olhassem com carinho pra esse caso, convocassem todos, olhassem com carinho.
Convocar vocês para falar?
Sim, sim, sim. 'Poxa, o que aconteceu? O que aconteceu naquela noite? A menina estava bêbada ou não estava bêbada? Ela foi estuprada ou não foi estuprada? O que aconteceu naquela noite? O que vocês fizeram naquela noite?' Se as autoridades fizessem isso [diriam]: 'Opa, é condenado. Condenado vai ter que pagar. São condenados, vão ter que pagar'. 'Não, não é condenado. Não vai pagar'. Infelizmente tem muita mulher oportunista.
O podcast Os Grampos de Robinho também está disponível no YouTube do UOL Esporte, Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music, Deezer e em todas as plataformas de podcast.
Confira abaixo os episódios anteriores:
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