Condenado a nove anos de prisão, Robinho está preso desde dia 22 de março na Penitenciária II em Tremembé (SP) por estuprar uma mulher albanesa na Itália em 2013. Ele foi transferido de cela no dia 31, e já pode praticar atividades de lazer com outros detentos — como jogar futebol.
Além dele, seu amigo Ricardo Falco também foi condenado na Itália. Outros quatro brasileiros também foram denunciados pelo Ministério Público da Itália por envolvimento no estupro, mas sequer foram julgados.
Os 4 envolvidos livres
Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan. Estes são os outros quatro amigos de Robinho envolvidos no caso que não foram presos ou julgados.
Deixaram o país durante as investigações. Os quatro foram denunciados, mas não chegaram a ser julgados pelas leis italianas porque deixaram o país europeu durante as investigações e não foram notificados para a audiência preliminar, que aconteceu em 31 de março de 2016.
Como os quatro não foram notificados, o juiz resolveu separar os casos. O advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, disse ao UOL que pretende reverter a situação dos demais envolvidos para que eles também sejam responsabilizados.
Vamos solicitar às autoridades italianas que os encontrem e notifiquem e esperamos, assim, prosseguir com o processo. Eles têm a presunção da inocência assegurada, será a Justiça a determinar se esses senhores, que estavam juntos com os dois condenados em via definitiva, são culpados ou não.
Jacopo Gnocchi, advogado da vítima
O caso contra Rudney, Clayton, Alexsandro e Fabio está suspenso até o momento, mas pode ser reaberto, principalmente depois que a Corte de Cassação confirmou a condenação de Robinho e Falco.
E Ricardo Falco?
Robinho e Ricardo Falco foram julgados na Itália e condenados em três instâncias. Não há mais possibilidade de recurso.
Os dois estavam na Itália quando as investigações começaram, mas já haviam voltado ao Brasil quando o julgamento terminou. A Itália pediu ao Brasil a homologação da sentença para que os dois cumpram a pena em uma prisão brasileira. Isso aconteceu após a decisão em última instância.
O pedido de homologação da transferência de Ricardo Falco está em outra fase. Enquanto Robinho já foi julgado e teve o pedido de prisão no Brasil aceito pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), o amigo do ex-jogador não tem data para ser julgado.
O processo ainda aguarda um pronunciamento do governo italiano e poderá ter manifestação tanto da defesa quanto do Ministério Público Federal. Sendo assim, ainda não cabe ao STJ julgar qualquer pedido de transferência de pena.
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